quarta-feira, 15 de maio de 2019

Fundos de Pensão: Quase um terço dos fundos de pensão fica abaixo da meta atuarial em 2018. Sistel ficou nos dois terços.




Levantamento com 55 planos de fundos de pensão fechados com beneficio definido e contribuição definida feito pela consultoria Luz Soluções Financeiras mostra que 31% deles não conseguiram cumprir as metas atuariais em 2018.
No ano anterior, todos os planos conseguiram bater o objetivo atuarial. Desses que ficaram abaixo da meta necessária para cumprir os compromissos futuros, 41% eram fundos indexados ao IGP-M e IGP-DI e 53% tinham taxa atuarial superior a 5% ao ano.

Entre os fundos com contribuição definida, que não garantem um valor fixo de beneficio no final, entre as estratégias, o pior desempenho foi dos fundos conservadores, que sofreram com a queda dos juros em 2018 e dos quais 29% não conseguiram sequer superar o CDI do período.

O estudo também mostrou que, entre as classes de ativos, as estratégias mais agressivas sofreram com aplicações no mercado imobiliário, operações estruturadas e aplicações no exterior. “São aplicações que possuem uma complexidade maior e isso pode ter afetado o resultado”, afirma Henrique Sinzato, consultor do Luz Previdência, responsável pelo levantamento.

Já os fundos com estratégia moderada, 48% não conseguiram atingir a meta. Entre os de estratégia agressiva, 42% não cumpriram a meta também.

Mudanças nos Fundos com reforma da Previdência
A reforma da Previdência também trará impactos para os fundos de pensão, alerta Sara Marques, diretora de Previdência da Luz Soluções. Mudanças como expectativa de definição de idade mínima, redução de benefícios e as regras de transição devem interferir com a vida de fundações e mantenedoras. A primeira conclusão é que os fundos terão de investir mais em educação financeira para estimular as novas gerações a poupar mais cedo, para permitir acumulação maior. Essa necessidade, porém, esbarra no perfil da chamada geração dos “milennials”, que não quer continuar na mesma empresa por toda vida.

A idade mínima de 65 anos para homens, também levará muitos associados a fundos de pensão a adiar aposentadoria e exigira mais contribuições das patrocinadoras.

Outro impacto de custos se dará nos benefícios, especialmente nos planos de saúde das empresas, afirma Sara. No caso de um funcionário de 46 anos que mudasse a aposentadoria dos 56 anos para os 62 anos, o custo do plano saúde saltaria de R$ 200 mil para R$ 600 mil. Ou seja, aproximadamente três vezes o gastos. A conclusão é que a reforma da Previdência exigirá uma mudança na cultura das pessoas, que vão ter de começar a contribuir mais cedo e aderir mais cedo aos planos de previdência fechados das empresas.

Fonte: Arena do Pavini (15/05/2019)

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