Previ: Políticas de Investimentos
Com o objetivo de buscar a melhor rentabilidade possível para os investimentos dos Planos, a fim de cumprir com o dever fiduciário de pagamento de benefícios – razão de ser da PREVI, as Políticas de Investimentos dos Planos de Benefícios são revisadas anualmente. A revisão do documento é coordenada pela Diretoria de Planejamento, a partir de cenários elaborados em cooperação com as diretorias de Investimentos e Participações e também conta com o apoio de uma consultoria externa, além da troca constante de informações com o Banco do Brasil e suas subsidiárias, como a BB DTVM e a Brasilprev, para melhorar ao máximo a qualidade da análise.
Para o período de 2012 a 2018, as Políticas de Investimentos mantiveram as metas de rentabilidade dos Planos. Para isso, uma das estratégias é a diversificação dos ativos. A estimativa de redução dos juros no longo prazo, também determina uma mudança de estratégia para os investimentos de renda fixa que, segundo o diretor, vai exigir um papel mais ativo dos gestores na área de renda fixa e a procura por mais opções em títulos privados. "Buscamos os setores da economia que tradicionalmente nos dão os melhores retornos, mas também fazemos uma correlação entre os ativos, de maneira que a eventual redução de desempenho em um deles seja compensada pela aceleração em outro setor ou classe de ativo", argumenta o diretor de investimentos da PREVI, Vitor Paulo Gonçalves.
O cenário de crise externa, que provoca questionamentos entre alguns participantes, também foi analisado cuidadosamente pela equipe da PREVI na elaboração das Políticas de Investimentos. "O cumprimento da Política e os resultados são monitorados a cada três meses, levando em conta dados como a macroalocação dos recursos e o fluxo de caixa. Desse modo, a Política de Investimentos pode ser revista a qualquer momento em caso de eventos extraordinários. Isso, no entanto, nunca foi necessário, mesmo em 2008, na quebra do banco de investimentos norte-americano Lehmann Brothers, momento da pior crise financeira mundial das últimas décadas", enfatiza o diretor.
Uma Política para cada Plano - Os Planos de Benefícios da PREVI possuem particularidades bem distintas um do outro. No Plano 1, o número de aposentados já é bem maior que o de ativos, o que significa mais pagamentos de benefícios que arrecadações. Já o PREVI Futuro, é bem mais jovem e está em plena fase de acumulação. Essas características são uns dos critérios que ditam estratégias distintas para cada um deles.
No Plano 1, a Política de Investimentos 2012-2018 vai priorizar, na renda variável, aplicações em empresas com grande capacidade de distribuição de dividendos.
"Por se tratar de um plano em fase madura, ou seja, com crescente desembolso, os ganhos devem vir dos dividendos e não necessariamente dos ganhos de capital proporcionados pelas ações. E essas empresas e setores geralmente propiciam uma remuneração adequada em períodos de queda de juros", afirma o diretor. Dessa forma, a tendência será de redução dos investimentos em bolsa no Plano 1, mas com muito cuidado para evitar perdas com a venda de ações em momentos de baixa. Na renda fixa, a gestão dos investimentos será mais ativa, com busca de alternativas atraentes, além dos títulos públicos.
Para o Plano PREVI Futuro, a ordem na Política de Investimentos 2012-2018 é aumentar a exposição em renda variável e reduzir a participação da renda fixa no total das aplicações. Como se trata de um plano em fase de acumulação de recursos, essa exposição pode propiciar melhores benefícios mais à frente. "Em todos os estudos efetuados, não há um único cenário em que a renda variável não bata a renda fixa no longo prazo", justifica Vitor Paulo.
Para o diretor de Planejamento tranquiliza quem se assusta com a crise nas bolsas, já que a crise pode abrir boas oportunidades de compras, por exemplo. "No momento, existem ações com o valor em bolsa abaixo do valor dos ativos da empresa", explica.
Seguindo essas análises, o Perfil PREVI, que concentra cerca de 90% dos participantes do PREVI Futuro e no qual estão aqueles que não fazem opção por outro Perfil, terá um aumento no teto de exposição à renda variável. O percentual de aplicação em renda variável, que era de 30% e 40%, tem sua faixa ampliada para 30% a 50%, dando mais flexibilidade aos gestores. Nos perfis Conservador, Moderado e Agressivo, não haverá mudanças de alocação.
Fonte: Diário dos Fundos de Pensão (12/01/2012)
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Fundos de Pensão: Exemplo de transparência da Previ que divulga abertamente sua política de investimentos de todos seus planos. Já na Sistel esta política é confidencial e nem mesmo um participante de um plano pode conhecer a política de outro plano. Porque?
Postado por
Joseph Haim
às
15:03:00
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