terça-feira, 23 de julho de 2019

Fundos de Pensão: Planos de previdência privada fechados, como o CPqDPrev da Sistel, renderam nos últimos 12 meses até 65% mais que os abertos de bancos (9,75% contra 5,89%)




O estudo é da Anapar, complementado pelo blog Aposentelecom, e mostra como as altas taxas cobradas por bancos corroem o rendimento da previdência privada.

A Anapar (Associação Nacional dos Participantes dos Fundos de Pensão) e o blog Aposentelecom compararam a rentabilidade e as taxas dos fundos de pensão com as dos planos de previdência privada aberta, comercializados por bancos e seguradoras, e mostra como as altas taxas cobradas por empresas tradicionais podem corroer o rendimento da previdência privada.

Como já mostramos anteriormente no nosso blog, existem dois tipos de previdência privada: os planos abertos (PGBL/VGBL) e os fechados (fundos de pensão). Ambos funcionam de forma muito similar, porém o resultado é bem diferente.

Planos fechados de previdência privada não têm fins lucrativos
Isso acontece porque os planos de previdência privada aberta são produtos financeiros oferecidos por instituições como bancos ou seguradoras e, como todos os produtos ofertados pelos bancos, têm o propósito de gerar lucro, remunerar o capital dos investidores.

Já os planos de previdência privada fechada (fundos de pensão) são feitos especialmente por ou para empresas, sindicatos, associações ou cooperativas, e são de uso exclusivo de seus funcionários ou associados, extensível a seus familiares. São também conhecidos como fundos de pensão.

Aí está o principal motivo de renderem mais: previdência privada fechada não tem o objetivo de remunerar o capital dos acionistas; os fundos de pensão são organizações sem fins lucrativos e, assim, cobram taxas muito menores dos seus participantes.

Logo, as taxas que deixam de ser cobradas dos participantes, somam-se ao bolo engordando o rendimento da previdência privada.

Previdência privada dos bancos não superou nem a poupança
Os números da Anapar comparam a rentabilidade média ponderada dos dez maiores fundos de Previdência da Indústria, ofertados por bancos e seguradoras, e chegou-se à rentabilidade nominal de 5,89% em 12 meses. Veja a tabela:


Descontada a inflação que, nos últimos 12 meses, segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), vem ganhando fôlego e atingiu a marca de 4,58%, a rentabilidade real dos 10 maiores fundos de previdência dos bancos e seguradoras foi de apenas 1,25%.

Os planos de previdência privada de bancos e seguradoras não superam nem a caderneta de poupança, o investimento preferido dos brasileiros, mas que, sabemos, não rende grande coisa. Enquanto os principais planos de previdência privada abertos renderam, em média, 5,89%, a poupança rendeu, nos últimos 12 meses, 6,17%, 0,26% a mais que os principais planos de previdência privada dos bancos e seguradoras.

Os rendimentos dos planos Família Previdência da CEEE e CPqDPrev da Sistel
No mesmo período de 12 meses, enquanto os planos de previdência privada aberta renderam 5,89% em média, o Família Previdência chegou a 9,63% de rentabilidade. Já o plano CPqDPrev da Sistel teve uma rentabilidade de 9,75% nos últimos 12 meses.

Descontada a inflação do período, o rendimento real do Família Previdência foi de 4,36% e do CPqDPrev da Sistel foi de 4,94% nos últimos 12 meses. 
Comparando a rentabilidade dos dois planos fechados mencionados à rentabilidade da caderneta de poupança nos últimos 12 meses (6,17%), o Família Previdência supera a poupança em 3,26%, enquanto o CPqDPrev supera em 3,37%.

Por que a rentabilidade dos Fundos de Pensão são maiores?
Como vimos, bancos e seguradoras são empresas, ou seja, entidades com finalidades lucrativas. Há taxas em excesso; as taxas de administração e carregamento tendem a ser maiores justamente por terem como propósito remunerar o capital financeiro da instituição, isto é, seus acionistas. O resultado: uma péssima rentabilidade, pois somente uma parte do rendimento do investimento vai para o participante da previdência privada.

O mesmo não ocorre nos dois planos acima mencionados, assim como em todos planos de entidades fechadas de previdência complementar (EFPC), que não possuem fins lucrativos. Assim, consegue-se cobrar menores taxas de administração e carregamento, e reverter 100% da rentabilidade obtida nas aplicações para a conta dos participantes da previdência privada.

Os planos de fundos de pensão são seguros?
Planos de previdência fechada possuem tanta segurança financeira quanto planos de previdência aberta.

Todos os planos de previdência privada fechada são regulados por lei e com segurança financeira aos participantes garantida pelo Governo Federal, através da Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar), vinculada ao Ministério da Fazenda e subordinada ao Conselho Nacional de Previdência Complementar – CNPC.

No caso das atividades de bancos tradicionais e seguradoras, esses planos de previdência aberta estão sujeitos à autorização, ao controle e à fiscalização pelo Governo Federal através da Susep (Superintendência de Seguros Privados), vinculada ao Ministério da Fazenda e subordinada ao Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP.

Fundos de Pensão valem muito a pena
Se a sua empresa, sindicato, associação ou cooperativa oferece um plano de previdência fechada, vale muito a pena aderir, em razão do baixo custo e do rendimento. Agora, se sua empresa, sindicato, associação ou cooperativa não possui plano de previdência privada para os funcionários ou associados, apresente a eles o Família Previdência.

A Fundação CEEE, gestora do Família Previdência, é o maior fundo de pensão do Rio Grande do Sul e um dos maiores do Brasil, e vem obtendo ótimos resultados nos últimos 15 anos, acumulando uma rentabilidade superior a 500%, bem acima da inflação e da poupança no mesmo período.

Fonte: Família Previdência e Aposentelecom (25/06/2019)

Nota da Redação: O artigo original continha erros matemáticos ao comparar os rendimentos do plano Família Previdência com a média dos fundos abertos, com a inflação e com a poupança, equívocos esses já corrigidos pelo blog Aposentelecom na postagem acima.
Alem de corrigir os percentuais mencionados, acrescentamos uma comparação do plano fechado CPqDPrev da Fundação Sistel com os fundos de previdência abertos, com a inflação e com a poupança, evidenciando que o plano CPqDPrev rendeu nos últimos 12 meses 65% a mais (9,75% contra 5,89%) que os planos de previdência de bancos e seguradoras.

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