Conselho de administração homologou processo de aumento de capital, permitindo a entrada de credores como acionistas na empresa; fundos de investimento passam a liderar em participação.
O conselho de administração da Oi homologou, na segunda-feira, 28, o aumento de capital da operadora, condicionando a operação à anuência prévia que espera obter junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A tele já havia obtido aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para seguir com o processo.
Na prática, a Oi vai emitir mais de 264 milhões de ações ordinárias, no montante de R$ 1,39 bilhão. Os papéis serão transferidos para parte dos credores da companhia, que agora se tornam acionistas. A operação foi acordada dentro do plano de recuperação judicial da empresa.
Veja no quadro a seguir como fica a composição acionária da Oi.
Novos acionistas
A empresa de gestão de investimentos PIMCO será o maior acionista individual da Oi, com 36,48% das ações (todas ordinárias). A empresa tem mais de 50 anos de atuação e 23 escritórios espalhados pelas Américas, Europa e Ásia. A gestora administra mais de US$ 2,01 trilhões em ativos e faz parte do Grupo Allianz.
Também credora da Oi, a SC Lowy ficará com 12,27% do capital acionário da companhia, detendo mais de 40,4 milhões de ações ordinárias. O fundo se dedica a encontrar oportunidades de negócio sem grau de investimento fora dos Estados Unidos. Atualmente, gerencia US$ 1,6 bilhão em empréstimos corporativos.
A gestora Ashmore, especializada em mercados emergentes, terá 9,53% do capital as Oi. Com sede em Londres, a boutique tem mais de US$ 51,8 bilhões sob gestão, divididos em fundos comuns, contas segregadas e produtos estruturados. Na América Latina, possui escritórios em Bogotá e Lima.
Como noticiado pelo Tele.Síntese na semana passada, o acionista Victor Adler e a VIC DTVM, detentores de 10,93% das ações preferenciais, contam com uma fatia de 0,06% do quadro acionário geral da empresa. Outros acionistas ficam com 39,71%, enquanto 1,96% das ações serão mantidas na Tesouraria.
Capital social
A Oi informou que, do total de novas ações (264.091.364) subscritas e integralizadas, a maior parte (261.689.125) será subscrita pelos credores, por meio da “capitalização de parte do saldo remanescente dos créditos concursais detidos por credores quirografários”. A menor parte (2.402.239) das novas ações ficará com os acionistas da operadora, mediante o exercício do direito de preferência.
Com a homologação da operação, o capital social da Oi passa a ser de R$ 33,9 bilhões, representando por 330,1 milhões de ações, das quais 328,5 milhões são ordinárias e 1,57 milhão, preferenciais.
“O Aumento de Capital endereça um dos principais objetivos do Plano na medida em que auxilia a promover o fortalecimento da estrutura de capital da Companhia, contribuindo para a equalização de seu passivo e superação da atual crise econômico-financeira do Grupo Oi”, diz a tele, em trecho do fato relevante.
Fonte: TeleSíntese (29/10/2024)
Nota da Redação: A pergunta desse redator que não quer se calar há varios anos, desde a 1ª distribuição de superavit do plano PBS-A da Sistel: o que esses fundos de investimento contribuíram com o plano PBS-A para passarem a receber anualmente superávits?
Boa pergunta !
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