O déficit da Funcef, fundo de previdência dos funcionários da Caixa Econômica Federal (CEF) ainda não será revertido este ano. A projeção foi feita pelo secretário-geral da instituição, Geraldo Aparecido da Silva. Ele aponta a crise econômica mundial e do país, além do comportamento da Bolsa de Valores de São Paulo como os principais motivos para o problema, uma vez que 37% das aplicações da Funcef são feitas em renda variável. O secretário-geral disse que os resultados deste ano ainda não foram fechados, mas que o déficit de 2012 foi de R$ 1,371 bilhão. O Postalis, caixa de previdência dos Correios, também não vai conseguir superar seu déficit, que está em torno de R$ 981 milhões, segundo o diretor-presidente do fundo, Antonio Carlos Conquista.
- Grande parte do nosso déficit se dá pela renda variável e pela queda dos juros e a nossa bolsa de valores era considerada a pior do mundo - disse ele.
A governança dos planos de previdência complementar, que têm 3,8 milhões de participantes em todo o país, também foi tema da audiência pública realizada nesta quinta-feira na Comissão de Assuntos Sociais do Senado. Além dos representantes da Funcef e do Postalis, participaram ainda o diretor administrativo da Petros, Newton Carneiro da Cunha, fundo dos petroleiros; o diretor de seguridade da Previ, Marcel Juviniano Barros, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil; e a presidente da Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão (Anapar), Claudia Ricaldoni.
A Previ, segundo o diretor de seguridade, tem um modelo de gestão desde 1997 paritário, metade é de representantes do patrocinador e a outra dos beneficiários, sendo três eleitos e os outros três indicados. Ele disse que isto acontece em todos os conselhos, sendo que nos órgãos de gestão, a eleição é feita a cada dois anos.
O que mais preocupa os fundos são os tipos de aplicações a serem realizadas, disse o diretor administrativo da Petros. Ele explicou que cada vez mais eles precisam aplicar em renda variável. O fundo tem investimentos no aeroporto de Guarulhos, via Invepar; na usina hidrelétrica de Belo Monte; em rodovias e ferrovias. O Petros também aplicou nas empresas X, do grupo de Eike Batista:
- Compramos as ações em baixa e vendemos em alta, foi o que nos salvou - contou.
A presidente da Anapar acredita que a maioria dos fundos de pensão fecham normalmente com déficit por problemas conjunturais. No entanto, considera que no caso do Postalis, dos Correios o caso é grave e vem ocorrendo há muito tempo. Para ela, a solução precisa haver uma forma de resolver déficit sem aumentar a contribuição dos beneficiários, como no Postalis que subiu 1,7% do valor do pagamento.
Fonte: O Globo (21/11/2013)
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
Fundos de Pensão: Fundos de pensão da Caixa e Correios não vão reverter déficit este ano. Maioria dos fundos fecharão o ano em déficit.
Postado por
Joseph Haim
às
16:38:00
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Marcadores:
Pensão por Morte
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
"Este blog não se responsabiliza pelos comentários emitidos pelos leitores, mesmo anônimos, e DESTACAMOS que os IPs de origem dos possíveis comentários OFENSIVOS ficam disponíveis nos servidores do Google/ Blogger para eventuais demandas judiciais ou policiais".