quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Comportamento: Brasil é ‘campeão’ no vazamento de cartões, com 45,4% dos casos no mundo

 


Maioria das clonagens é feita através de sites falsos na internet

Numa roda de amigos, é difícil encontrar alguém que nunca teve o cartão de crédito ou débito clonado. E a pandemia fez essa estatística se intensificar ainda mais. De acordo com dados do Relatório Anual 2020 de Atividade Criminosa On-line no Brasil, elaborado pela empresa de cibersegurança Axur, no ano passado, o país foi campeão em vazamentos de dados de cartões, acumulando sozinho 45,4% do total de casos do mundo inteiro, separado por mais de dez pontos percentuais do segundo lugar, os Estados Unidos (34,3%).

Ainda de acordo com o levantamento, dentre as dez instituições com maior número de vazamentos, sete são brasileiras; duas são americanas; e uma é espanhola.

De acordo com o CEO da Axur, Fábio Ramos, há três principais razões para o Brasil ocupar a liderança. A primeira delas é a enorme população que, por consequência, representa um número maior de vítimas em potencial. A segunda diz respeito à inclusão digital, e a terceira, à nossa cultura.

— Com planos pré-pago, ter um celular com internet se torna algo bastante acessível, o que já não acontece em outros países. Então, temos um grande público-alvo para esses ataques — analisa Ramos: — Depois, o brasileiro é um povo que adora novidade, está aberto às tecnologias e confia mais. Então as pessoas clicam em links sem receios.

Ele ainda opina que a ausência de leis que punam com eficácia crimes digitais promove um sentimento de impunidade e estimula os criminosos a agirem livremente.

O designer Gabriel Studart, de 31 anos, foi uma das vítimas, mas não teve prejuízos:

— Logo no início da pandemia, tentaram fazer várias compras no meu cartão, num site de jogos, em um dia à tarde. Como nesse horário eu não costumo comprar nada, o próprio banco negou a transação e me ligou em seguida. Eu disse que não reconhecia a operação, e eles logo me enviaram um cartão novo.

Fonte: Extra (01/02/2021)

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