Foram notificados apenas 7.768 “eventos adversos” que poderiam estar relacionados à imunização em cerca de 4 milhões de doses aplicadas
Das cerca de 4 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 aplicadas até esta terça-feira (9), foram notificados ao Ministério da Saúde apenas 7.768 “eventos adversos” que poderiam estar relacionados à imunização – o que representa aproximadamente 0,2% dos casos. Desses, só 82 foram classificados como graves – ou 0,002% do total de aplicações– e, todos os outros, como leves. Os eventos mais comuns foram cefaleia, febre, mialgia, diarreia, náusea e dor localizada, informou a pasta.
“Alguns dos eventos adversos graves registrados foram em idosos, todos em fase de investigação. Até o momento, não se pode afirmar que essas notificações se tratam de eventos adversos pós-vacinação com comprovada associação causal, mas sim como eventos temporalmente associados à vacinação”, diz nota encaminhada à imprensa.
Em ambas vacinas usadas no país atualmente, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e do Instituto Butantan, os estudos clínicos de fase 3 mostraram “apenas reações comuns e menores, não tendo sido identificado nenhum evento adverso grave”, de acordo com o governo.
“Entretanto, cabe ressaltar que somente e a partir do monitoramento e farmacovigilância de fase IV, quando um número maior de pessoas receberá as vacinas, é que se poderá avaliar a real frequência dos eventos adversos pós-vacinação. Até o dia 04/02/2021, foram notificados ao Ministério da Saúde 7.768 eventos adversos supostamente associados as vacinas contra a Covid-19. Desses, 7.686 foram classificados como eventos não graves e 82 foram classificados como graves”, completa a nota.
O Ministério da Saúde ressalta que está “atento e acompanhando” os casos notificados de eventos adversos “supostamente ligados à vacinação contra Covid-19” no país.
“De maneira geral, a maioria dos eventos adversos graves com associação temporal às vacinas são apenas eventos coincidentes, não correspondendo a eventos causados pelos imunizantes. Desta forma, a diferenciação entre esses dois tipos de eventos requer uma investigação aprofundada de cada caso”, informa a pasta.
Uma equipe de campo do Programa em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde (EpiSus) foi enviada para atuar junto às vigilâncias epidemiológicas e sanitárias dos Estados e municípios para investigarem possíveis efeitos colaterais dos imunizantes.
Fonte: O Tempo (09/02/2021)
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