terça-feira, 10 de março de 2020

Fundos de Pensão: Fundações mantêm alocações inalteradas diante da aversão ao risco com coronavírus



Os fundos de pensão têm mantido a calma em um momento de forte estresse no mercado com as incertezas sobre o impacto do coronavírus na economia global.
“Em termos de resultados, obviamente as quedas do mercado tiveram um impcato nas carteiras, e não foi pequeno”, diz Guilherme Benites, da consultoria Aditus. “Em termos de novas alocações, ainda não estou vendo movimentações. O pessoal preferiu esperar para ver até onde a coisa vai”, complementa o especialista. 

Segundo ele, boa parte do mercado enxerga a desvalorização recente como uma oportunidade de entrar em ativos que estavam com os preços esticados. “De fato acredito que pode sim ser uma oportunidade, mas não sei se fazer alguma alocação neste momento seja a melhor ideia, já que não sabemos qual será a extensão da atual crise”, afirma Benites. “O investidor pode enxergar a queda da bolsa como uma janela de entrada, e no dia seguinte o Ibovespa tem uma nova queda de 10%”, pondera o consultor, que sugere cautela às entidades. “Nas conversas com os clientes, tenho falado que eles devem pelo menos esperar alguma estabilização, porque a volatilidade está muito alta”. 

Nesta segunda-feira (9) a bolsa acionou o ‘circuit breaker’, quando as negociações são interrompidas, após uma queda superior aos 10%, o que não ocorrria desde maio de 2017. A medida, contudo, não surtiu efeito, já que após as operações serem retomadas o Ibovespa voltou a cair forte – por volta das 11h50, o benchmark operava em baixa de 8,75%, aos 89,4 mil pontos. O índice havia encerrado o mês de fevereiro aos 104,1 mil pontos, e acumula desde então uma queda de quase 15%. 

Fonte: Investidor Institucional (09/03/2020)

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