segunda-feira, 18 de janeiro de 2021
Fundos de Pensão: Finalmente entidades lançam programa que estimula diversidade nos Conselhos. Eleição de conselheiros pode alavancar essa pluralidade
Cinco entidades que formam o Programa Diversidade em Conselho (PDeC) lançaram na última sexta-feira (15/01) uma carta aberta estimulando fundos de pensão, de private equity e empresas listadas em bolsa a inserirem mulheres e outros tipos de diversidade em seus boards e comitês de apoio. O Programa Diversidade em Conselho foi criado em 2014 por iniciativa do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), International Finance Corporation (IFC), Women Corporate Directors (WCD), B3 e Spencer Stuart, uma consultoria em recrutamento e liderança.
Artigo assinado pelo presidente da Associação dos Investidores do Mercado de Capitais (Amec), Fábio Coelho, na última edição da revista Investidor também defende esse ponto de vista. Coelho é um dos 14 articulistas da edição, assinando o artigo “Por mais mulheres nos Conselhos das empresas”.
A carta aberta do Programa Diversidade em Conselho diz que “estamos nos aproximando do período de renovação dos conselhos de administração e, por isso, gostaríamos de convidar a todos os conselheiros, investidores e tomadores de decisão para se juntarem a nós na missão de aumentar a diversidade nesses colegiados”.
Ainda de acordo com a carta aberta, “é comprovado que a diversidade impacta positivamente no desempenho da empresa e traz capacidade de inovação para os negócios. Mas ainda se observa que a maior parte dos conselhos é pouco plural e as demandas da nossa sociedade exigem respostas a partir de novas perspectivas que a diversidade ajuda a trazer”.
ESG (Environmental, Social and Governance)
Argumentos não faltam para as empresas e fundos de pensão olharem a questão com carinho e, de uma vez por todas, incorporarem o aumento da diversidade que é um caminho de benefício e que também será cada vez mais exigido pela sociedade e pelos investidores.
Com os fundos de pensão, gestores de investimentos e familly offices — sem contar as pessoas físicas — cada vez mais engajados em temas de sustentabilidade ou ESG (sigla em inglês para ambiental, social e de governança corporativa), se as empresas não mudarem pelo amor, é bem possível que tenham que mudar pela dor, a dor de perder investimentos e receitas.
Fonte: Invest. Institucional e Valor Investe (17/01/2021)
Nota da Redação: Os participantes de fundos de pensão entendem e defendem que a diversidade pleiteada nos conselhos deliberativo e fiscal não restringe-se apenas às mulheres, mas também ao número de representantes dos participantes e para que seja paritária aos representantes das patrocinadoras, assim como aos diversos planos em entidades multiplanos e multipatrocinadas.
Um exemplo disso já pode ser dado na próxima eleição de conselheiros da Fundação Sistel com a escolha de candidatos que pelo menos defendam a diversidade e a paridade na representação dos participantes dos diversos planos existentes na entidade.
Veja mesmo o que estão se movimentando os envolvido nas eleições.
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