segunda-feira, 6 de outubro de 2014

TIC: Com dívida de R$ 46 bilhões, Oi vende tudo da PT e foca operação no Brasil. Negociação com TIM viria depois.

Após a compra da GVT pela Telefônica, há cinco semanas, o movimento de consolidação no mercado de telecomunicações nacional continua - pelo menos nos bastidores. 

Uma fonte próxima à Oi confirmou ao Valor que a empresa negocia a venda de todos os ativos da Portugal Telecom (PT). A estratégia é concentrar a atuação no Brasil e, mesmo que acerte a venda como é esperado inclusive em curto prazo, terá que completar, primeiro, o processo de reestruturação societária da companhia.

A francesa Altice, segundo informou sexta-feira a agência de notícias sobre dívida corporativa Redd, seria um candidata à compra da Portugal Telecom.

A francesa Altice atua nas áreas de TV a cabo, banda larga e telefonia fixa na Europa. Fundada por Patrick Drahi, oferece serviços móveis para consumidores e empresas em alguns países. No segundo trimestre registrou receita de € 837 milhões, em queda de 1,3%. A receita internacional recuou 13%, para € 502 milhões. No mercado doméstico houve aumento de 2,8%, para € 335 milhões.

O Valor já noticiou que a Oi prepara a venda da fatia de 25% que tem da operadora Unitel, de Angola, onde a PT tem participação. A expectativa é que a venda possa render US$ 700 milhões à Oi. No total, a PT tem ativos na África avaliados em mais de US$ 1 bilhão, entre cabos submarinos, torres de celular e imóveis.

Também, na sexta-feira a Bloomberg, informou que a Telecom Itália teria contratado o Bradesco BBI para negociar a compra da Oi.

Um representante de acionista da Oi informou que o que movimenta a empresa é trabalhar para reduzir a dívida e partir para a consolidação. Ele informou que várias alternativas estão sendo analisadas para viabilizar uma oxigenação na Oi, que tem dívida de R$ 46 bilhões. Não por acaso o banco BTG Pactual foi mandatado para buscar oportunidades para a Oi.

Todas as cartas estão na mesa, há analistas que apostam em uma fusão entre a Oi e a TIM, mas não saiu de foco, já que é desejo dos acionistas controladores, uma compra em conjunto da operadora italiana. Teria que passar pela aprovação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), mas faz sentido do ponto de vista operacional. Daria munição às duas teles para enfrentar a Telefônica/Vivo que terá novo e maior posicionamento de mercado com a compra da GVT.

Procuradas pelo Valor, as empresas não se pronunciaram.
Fonte: Valor (06/10/2014)

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