terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Comportamento: Ministério da Saúde libera quarta dose para imunossuprimidos



Grupo inclui pessoas com HIV, Aids, em quimioterapia e transplantadas, entre outros

O Ministério da Saúde anunciou que imunossuprimidos terão diretão a tomar uma quarta dose da vacina. A decisão, formalizada em nota técnica nesta segunda-feira, se aplica a quem já tomou duas doses e mais uma de reforço. O intervalo será de quatro meses. O ministério também formalizou o intervalo de quatro meses para qualquer dose de reforço para o público geral.

A medida se estende a pessoas com imunodeficiência primária grave, HIV ou Aids, em quimioterapia contra câncer, a transplantados e em hemodiálise, entre outras doenças e condições clínicas.

"Uma dose de reforço da vacina Covid-19 para todos os indivíduos imunocomprometidos acima de 18 anos de idade que receberam três doses no esquema primário (duas doses e uma dose adicional), que deverá ser administrada a partir de 4 meses", diz a nota técnica.

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O objetivo é fortalecer a resposta imunológica desse grupo, que tem as defesas diminuídas em razão de doenças ou do uso de de determinados medicamentos. A medida também visa barrar o avanço da variante Ômicron, que já tem transmissão comunitária registrada em São Paulo.

— Na nossa opinião, é uma decisão correta. Na realidade, (para) os imundeprimidos, o que a gente considera terceira dose faz parte da imunização primária. Ele precisa das três doses para ter a proteção conferida a outras pessoas com duas doses. Então, a quarta dose será um reforço — avaliou o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Juarez Cunha.

O posicionamento é compartilhado pelo professor de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Julio Croda, que vê a medida com bons olhos:

— Faltam dados (sobre a duração da proteção após a terceira dose), mas acho uma ideia boa. O esquema completo (de vacinação) nesse grupo é com três doses. Então, seria uma dose de reforço, equivalente a dose de reforço que está sendo ministrada a população acima de 18 anos — explicou o infectologista.

Fonte: O Globo (20/12/2021)

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