O fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (BBAS3), o Previ, registrou um déficit de R$ 2,3 bilhões no acumulado do ano até outubro. Isto é, refletindo a piora dos mercados no segundo semestre do ano. Tais dados se referem ao Plano 1, que possui 110 mil associados e que registra rentabilidade de 4,56% no período – abaixo da meta atuarial de 11%.
Dessa forma, o resultado reverte de forma integral o superávit de 2021. De acordo com a fundação, o plano sofreu impacto das incertezas nos mercados, da Selic e também das projeções de crescimento de PIB.
“Desde o início da pandemia também houve um descompasso das cadeias produtivas em nível global, o que levou a um problema de preços também no Brasil e elevou a pressão inflacionária. Tal cenário, aliado à volatilidade previsível de um ano pré-eleitoral, afeta tanto os investimentos de renda fixa quanto os de renda variável.”
Mesmo com o déficit, a Previ afirmou que “a necessidade de contribuições extraordinárias em 2022 por parte dos associados é muito remota”. De acordo com a fundação, o Plano 1 é composto 95% de associados aposentados que recebem benefícios. Assim sendo, a fundação vem, de forma contínua, alternando os investimentos do Plano 1 de renda variável para renda fixa, afim de evitar perdas. De 2018 para cá a fundação migrou R$ 52 bilhões em ações de 30 companhias para títulos públicos de longo prazo.
“Nesta fase de maturidade, é importante preservar a riqueza já formada, diminuir os riscos e buscar o equilíbrio. Afinal, prevenir é melhor do que remediar.”disse a fundação.
Fonte: Guia do Investidor (17/12/2021)
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