Caixa Econômica Federal, responsável pelos jogos da loteria, afirma que toma todos os cuidados necessários durante os sorteios
Em 59 anos de existência da loteria federal no Brasil, muita coisa mudou, mas, a Caixa Econômica Federal, responsável pelo gerenciamento dos jogos da loteria, diz buscar continuadamente aumentar a segurança e confiabilidade no processo de sorteios e premiações.
O banco afirma que toma todos os cuidados para que criminosos não interfiram nas apostas nem gerem prejuízos ao banco ou aos apostadores.
Mesmo assim, algumas dúvidas ainda surgem e muitos brasileiros ficam com o pé atrás quanto aos sorteios. O motivo disso, talvez, seja por alguns golpes que já foram aplicados à loteria e amplamente divulgados pela imprensa.
Sem comprovação
Um deles foi em 2014, quando o suplente de deputado federal Ernesto Vieira de Carvalho Neto, no Tocantins, aplicou um golpe que rendeu à Caixa um prejuízo de R$ 10 milhões. Na ocasião, Ernesto apareceu em uma agência bancária dizendo que havia sido premiado na Mega-Sena.
Neto, porém, não apresentou documento comprovante da aposta, mesmo assim, o gerente da unidade liberou a quantia de R$ 73 milhões. Seis dias depois, uma investigação da polícia descobriu a ação e prendeu Ernesto e o gerente que liberou o valor. Do total, a Caixa conseguiu resgatar R$ 63 milhões.
Atualmente, a tentativa de golpe mais aplicada é contra os jogadores, por envio de spams e notificações falsas de premiações, que usam o tema como isca para outros golpes.
Para além destas tentativas, que, segundo a Caixa, estão aos montes pela internet, o banco garante que aplica diversas medidas para garantir a completa lisura do processo de vendas, sorteios e entrega dos prêmios de todas as modalidades da loteria, que são 11 ao todo.
Presença de público
Os sorteios da Mega-Sena são realizados em locais abertos e com presença do público, sempre no Espaço Caixa, dentro do Terminal Rodoviário do Tietê; no auditório do banco, em Brasília, onde também é permitida a presença de pessoas; ou, ainda, no caminhão móvel, que percorre o país durante o ano.
Esse último foi a alternativa encontrada para democratizar a participação das pessoas e permitir que um número maior de brasileiros verifique a transparência e segurança dos sorteios, afirma o banco.
Segundo a Caixa, além do público presente, todos os sorteios são conduzidos e validados formalmente por empregados da Caixa e por outras duas pessoas do público que atuam como auditores populares. “As bolas utilizadas são de borracha maciça, numeradas e coloridas para facilitar a identificação, possuem o mesmo peso e diâmetro, características verificadas periodicamente pelo Inmetro”, diz o banco em nota.
Sorteios auditados
Outro ponto de atenção é em relação à auditoria. Nesse caso, a Caixa destaca que segue padrões internacionais de segurança, como o selo ISO 27.001, que garante um sistema de gestão da segurança da informação nos moldes da Organização Internacional de Normalização, presente em mais de 160 países.
A Caixa também diz ser credenciada à World Lottery Association (Associação Mundial de Loterias), uma organização que acompanha sorteios em diversos países e que, aqui no Brasil, “comprova que as Loterias se utilizam das melhores práticas do mundo em segurança, assegurando a disponibilidade, integridade, confidencialidade e autenticidade das informações na administração das Loterias Federais”, afirma.
Ao final de cada aferição, as maletas são lacradas em laboratório, com rigor científico, o que não poderia ser feito no próprio local do sorteio.
Essas maletas são abertas somente no momento dos sorteios, na presença do público e sob acompanhamento dos auditores populares, que conferem os lacres e o termo de fechamento lavrado no sorteio anterior”, afirma a Caixa.
Programas sociais
A Caixa justifica tais ações para, também, garantir que parte dos lucros captados pelos jogos sejam, de fato, repassados aos programas sociais, conforme estabelece a Lei nº 10.260.
De todo o valor arrecadado, 43% é destinado ao pagamento dos prêmios. Outros 49% a legislação divide da seguinte maneira: 19% para despesas de custeio; 17% aos programas de seguridade social; 9% ao Fundo Nacional de Segurança Pública; 3% ao Fundo Nacional da Cultura; 1% ao Fundo Penitenciário Nacional. O que sobra, cerca de 8%, é dividido entre organizações esportivas, como Comitê Olímpico e Paralímpico do Brasil.
Fonte: CNN Brasil (28/12/2021)
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