Descanso em ambiente calmo e escuro e colchão confortável são importantes para o corpo
Uma pesquisa revelou que dois terços dos brasileiros têm dificuldades para dormir, problema que foi agravado pelo estresse da pandemia da covid-19. O estudo mostrou ainda que as mulheres são as mais afetadas. Para se livrar da insônia, os médicos recomendam para todos ter sempre um horário similar para ir para a cama, respeitar o número de horas de sono de que seu corpo precisa, dormir em um ambiente silencioso e escuro, ter um colchão confortável.
Se afastar das telas, não comer muito antes de deitar e adotar a prática de ioga ou respiração são algumas dicas para a higiene do sono
Os transtornos do sono são, basicamente, apneia, síndrome das pernas inquietas, narcolepsia e, o mais comum de todos, insônia. O sono ruim, no entanto, pode ter múltiplas causas, como explicam os especialistas, que podem ir desde depressão e ansiedade até um ambiente barulhento ou um colchão de má qualidade.
Para quem sofre para pegar no sono ou passar a noite inteira com os olhos fechados, especialistas recomendam o que chamam de higiene do sono: uma preparação que começa pelo menos duas horas antes do horário do encontro com o travesseiro.
Veja algumas dicas:
- Não comer logo antes de dormir. O recomendado é fazer uma refeição leve pelo menos duas horas antes de se deitar.
- Desligar o celular, o computador, o tablet e os streamings pelo menos duas horas antes do horário de dormir. Eles mantêm o cérebro em alta atividade, sobretudo as mídias sociais, em que há interações ativas.
- Não é recomendado preparar a agenda do dia seguinte antes de dormir, ou dar a início a discussões mais sérias como o parceiro/a. Essas também são ações que mantêm o cérebro em alta atividade.
- Garantir um ambiente escuro, silencioso, confortável e com temperatura apropriada.
- O ideal é ter locais diferentes em casa para trabalho, refeição e para dormir.
- Tomar um banho quente e colocar uma roupa diferente podem ajudar a "avisar" a mente de que é hora do repouso.
- Ter um colchão confortável.
Presidente da Associação Brasileira do Sono, Luciano Dager afirma que, embora muitas pessoas gostem de recorrer a chás caseiros e alguns fitoterápicos, não há comprovação científica de que eles, de fato, tenham algum efeito positivo sobre o nosso descanso. O mesmo se aplica aos suplementos de melatonina, o chamado hormônio do sono, cuja comercialização acaba de ser liberada no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Mulheres são as mais afetadas
Segundo um estudo feito por cientistas da USP e da Unifesp e publicado na Sleep Epidemiology, as mulheres são as mais afetadas pelos problemas de sono: elas respondem por um terço dos casos, um dado recorrente em outros estudos nacionais e internacionais. Sofrem muito também os viciados em mídias sociais, que não conseguem deixar de lado os smartphones nem na hora de ir para a cama.
O novo trabalho mostrou que os fatores independentes mais citados como responsáveis pela qualidade ruim do sono são: o diagnóstico de insônia, o uso de mídias interativas pouco antes da hora de dormir e a ausência do parceiro na mesma cama.
Fonte: Estadão (25/07/2022)
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