terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Patrocinadoras: Oi e Vivo são alvo de nova fase da Lava Jato (Rev. 1)





O montante dos repasses apurado até o momento chega a R$ 193 milhões, ocorridos entre 2005 e 2016


A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (10), em cooperação com o Ministério Público Federal e com a Receita Federal, a 69ª fase da Operação Lava Jato, denominada Mapa da Mina.

A operação investiga repasses do grupo Oi/Telemar para empresas do grupo Gamecorp/Gol, de um dos filhos do ex-presidente Lula, Fábio Luis Lula da Silva.

A ação é um desdobramento da 24ª etapa da Lava Jato, em que o ex-presidente Lula foi levado a depor. Na ocasião, a defesa negou envolvimento em irregularidades.

A PF cumpre 47 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e no Distrito Federal. Os mandados foram expedidos pela 13ª Vara Federal em Curitiba, no Paraná.

O foco do inquérito é apurar crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa, tráfico de influência internacional e lavagem de dinheiro envolvendo contratos e/ou acertos suspeitos que geraram repasses milionários.

As investigações apontam que as empresas do grupo Gamecorp/Gol não possuíam mão de obra e ativos compatíveis com a efetiva prestação dos serviços para os quais foram contratadas pela Oi/Telemar.

As provas colhidas indicam que as empresas do grupo Oi/Telemar contrataram o grupo Gamecorp/Gol sem cotar preços com outros fornecedores, fizeram pagamentos acima dos valores contratados e praticados no mercado e realizaram pagamentos por serviços não executados.

O montante dos repasses, ocorridos entre 2004 e 2016, supera R$ 132 milhões, segundo o Ministério Público Federal (MPF) A Oi/Telemar foi beneficiada por "diversos atos praticados pelo Governo Federal", segundo o MPF.

Ainda de acordo com o Ministério Público Federal, também são cumpridos mandados de busca e apreensão para apurar indícios de irregularidades no relacionamento entre o grupo Gamecorp/Gol com a Vivo/Telefônica.

No projeto que foi denominado como “Nuvem de Livros”, foi apurada movimentação de R$ 40 milhões entre a Movile Internet Móvel e a Editora Gol entre janeiro de 2014 e janeiro de 2016.

O que dizem as empresas
A Oi afirma que atua de forma transparente e tem prestado todas as informações e esclarecimentos que vêm sendo solicitados pelas autoridades, assegurando total e plena colaboração com as autoridades competentes.

A Telefônica afirma que está fornecendo todas as informações solicitadas e continuará contribuindo com as autoridades. A empresa reitera seu compromisso com elevados padrões éticos de conduta em toda sua gestão e procedimentos.

Fonte: Valor Investe (10/12/2019)

Nota da Redação: Contrariamente ao divulgado  inicialmente pelo MPF e pela fonte acima, a Movile não pertence a Telefônica. Vide o Comentário abaixo enviado pela Movile.

Um comentário:

  1. Posicionamento do grupo Movile: "O Grupo Movile preza pela transparência em sua atuação e está cooperando com as investigações do Ministério Público Federal do Paraná, fornecendo todas as informações solicitadas. A empresa não é o alvo principal da investigação e trabalha em total colaboração com as autoridades.

    A Movile esclarece ainda que, diferentemente do citado no primeiro comunicado oficial emitido pelo MPF-PR, não pertence ao grupo Telefônica/Vivo. Somos um ecossistema brasileiro de empresas de tecnologia, com atuação global."

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