Maior operadora de TV por assinatura via satélite no país, a Sky Brasil entra agora na disputa pelo mercado de fibra óptica e tenta reduzir a diferença competitiva com rivais que possuem múltiplos serviços.
A companhia fez um acordo com a FiBrasil – que tem a Telefônica, dona da Vivo, como sócia – para usar sua infraestrutura na oferta de banda larga.
O plano da Sky é lançar o serviço em 60 cidades neste ano, começando por Garibaldi, Nova Petrópolis e Carlos Barbosa, no Rio Grande do Sul. A operação comercial começou nessa segunda-feira (15).
O diretor-presidente da Sky, Raphael Denadai, disse que o contrato com a FiBrasil é de longo prazo e não tem exclusividade. “Várias empresas têm rede neutra. Estamos analisando o footprint [a rede existente] e os custos de cada uma”, afirmou. Ele acrescentou que a FiBrasil era a empresa cuja rede mais se alinhava com as necessidades da Sky, bem como as condições de parceria.
A rede da FiBrasil é moderna, o que facilita o processo de instalação no cliente, destacou Denadai, para quem esse “é o grande ponto”. A fibra já vem preparada para instalação, com os conectores para distribuir dentro da residência, eliminando necessidade de emendas e acelerando o trabalho, técnica que já é adotada pelos diferentes fornecedores do produto.
“Quanto mais simples e barato, melhor.” A FiBrasil é uma sociedade entre a Telefônica Brasil, Telefónica da Espanha e o fundo de pensão canadense CDPQ.
As principais operadoras de telecomunicações oferecem pacotes combinados de telefonia fixa e móvel, banda larga fixa e móvel e TV por assinatura. No mercado, a soma dos três ou quatro produtos é conhecida como ‘triple play’ ou ‘quadruple play’. A Sky acaba ficando em desvantagem quanto ao cardápio de opções. Para muitos clientes, compensa mais contratar os serviços de um só prestador.
“Aumentamos nossa vantagem em relação aos concorrentes [isso], melhora nossa competitividade e a penetração [de mercado]. É um grande potencial que não tínhamos antes”, disse Denadai.
Mesmo sem dispor de serviço móvel, o executivo considera que a fibra traz grande avanço para a companhia. “Tem um mercado grande de clientes que não têm triple play e quadruple play, mas que são endereçáveis à nossa estratégia. Nosso diferencial é o atendimento.”
A Sky já oferece banda larga fixa por meio de tecnologia de acesso fixo-móvel, conhecida pela sigla do inglês FWA. São 150 mil clientes em 137 cidades. Denadai afirmou que não vai desligar essa rede, mas que o foco estratégico em banda larga agora é fibra. Segundo o executivo, aos clientes de FWA que estão dentro da área por onde passa a rede da FiBrasil serão oferecidas condições vantajosas para que migrem para a fibra.
Na tecnologia por FWA, a Sky oferece velocidade entre 5 e 25 megabits por segundo (Mbps), disse Rodrigo Fernandes, diretor de banda larga da Sky. Na fibra até a residência (FTTH, na sigla em inglês), a velocidade pode alcançar 1 gigabit por segundo (Gbps), mas, por enquanto, só dois planos estarão disponíveis, de 200 Mbps, a R$ 89,90 por mês, e 400 Mbps, a R$ 129,90 mensais.
Os equipamentos estão inclusos e não há taxa de adesão nem fidelidade. Esses valores são promocionais por seis meses e depois aumentam para R$ 119,90 e R$ 169,90, respectivamente.
Com mais de 42 milhões de conexões, o mercado de banda larga fixa é dominado pela soma dos provedores de internet e operadoras regionais, que detêm cerca de 47% de participação. Individualmente, a Claro lidera, com 23,4%. A fibra já é a tecnologia com mais da metade das conexões (acima de 26 milhões), também liderada pelas regionais (16 milhões), enquanto, entre as grandes teles, a Vivo está à frente (5 milhões).
Fonte: Valor (15/08/2022)
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