terça-feira, 24 de outubro de 2023

Meu Bolso: Vale a pena alugar ou assinar um iPhone 15? Veja as comparações



Assinatura dos aparelhos da Apple são oferecidas por bancos como PicPay, Itaú e Bradesco

Desde que o iPhone 15 foi lançado, no começo de setembro, voltou à tona a discussão sobre os altos preços do aparelho. No Brasil, os smartphones da nova linha são vendidos pela Apple por valores a partir de R$ 7.299, mas podem chegar a R$ 13.999 dependendo do modelo e do quão "turbinado" ele é. Levando em conta que os aparelhos da marca da maçã têm encarecido bastante nos últimos anos, algumas empresas vêm apostando em soluções para facilitar a vida de quem quer estar sempre com um aparelho novo, mas sem gastar tanto por isso. A modalidade conhecida como "aluguel de iPhone" ou "iPhone por assinatura" é oferecida por fintechs e até mesmo bancos. Mas vale a pena?

Na última semana, quem anunciou a modalidade foi o PicPay, em parceria com a startup Allu. Nela, o cliente acessa a plataforma Shop dentro do aplicativo e encontra o serviço de aluguel de iPhone, que já inclui proteção contra roubo, furto qualificado e danos, além de capinha e película.

O programa conta com modelos que vão desde o iPhone 12 (com "mensalidades" a partir de R$ 119,71) até o modelo mais recente, o iPhone 15, cujo preço mensal é de R$ 311,43, mas pode chegar a R$ 459,76 no caso do modelo iPhone 15 Pro Max de 256GB de memória.

Por meio desse sistema, o cliente pagaria cerca de R$ 3.737 pelo uso de um iPhone 15 básico durante um ano. No modelo mais turbinado, o valor desembolsado seria de R$ 5.517.

Embora seja uma novidade para os clientes PicPay, a Allu já oferece o serviço de aluguel de iPhones há algum tempo. O modelo de negócio da plataforma é baseado na conexão entre consumidores que querem alugar os aparelhos a investidores que emprestam dinheiro para financiar a compra desses celulares e, assim, lucrar com isso.

A plataforma realiza a locação em períodos de doze meses e o cliente pode escolher pagar em 12 vezes ou em três sem juros. Depois de um ano, o cliente pode renovar a assinatura e continuar com o mesmo aparelho, trocar por um modelo mais novo ou devolver o aparelho sem custos extras.

Mas ela não é a única. A loja iPlace, uma das principais revendedoras da Apple no país, firmou recentemente uma parceria com o banco Bradesco e apresentou o chamado iPlaceClub. O programa funciona como um programa de assinatura dos aparelhos, que pode ser assinado com os cartões do banco. Nesse caso, porém, as assinaturas têm duração de 21 meses. Ao final, o cliente pode escolher devolver o iPhone, renovar a assinatura ou trocar por um novo modelo.

No iPlaceClub, um iPhone 15 de 128GB de memória pode ser assinado por 21 mensalidades de R$ 229 com o seguro incluso. Isso significa, portanto, que o cliente desembolsaria R$ 4.809 para usar o aparelho durante pouco menos de dois anos. Já um modelo mais "potente", como o iPhone 15 Pro Max de 256GB de memória pode custar ao cliente 21 mensalidades de R$ 349, algo em torno de R$ 7.329.

O Itaú também tem uma modalidade de serviço semelhante. Nesse caso, é uma parceria com a própria Apple. O programa "iPhone para sempre" funciona de maneira semelhante à parceria do Bradesco com a iPlace, com assinaturas de 21 meses de duração. Ao final, o cliente pode devolver o aparelho e não receber nenhum valor em retorno, pagar mais um valor para ficar com o aparelho, ou trocar para uma assinatura de um novo smartphone.

No caso do iPhone 15 mais básico, as mensalidades iniciais são de R$ 271,75 (ou seja, R$ 5.706,84 pelo uso durante 21 meses). Já no iPhone 15 Pro, o custo seria de 21 mensalidades de R$ 345,90, totalizando R$ 7.263,87.

Comparação de preços dos modelos do Iphone 15

AparelhoPicPayBradescoItaúLoja AppleVarejistas e marketplaces
iPhone 15R$ 3.737,16 (12x de R$ 311,43)R$ 4.809 (21x de R$ 229)R$ 5.706,84 (21x de R$ 271,15) *Caso o cliente queira ficar com o iPhone ao final, ele paga mais 2.189,70, totalizando R$ 7.896,54R$ 7.299R$ 6.500 a R$ 6.800
iPhone 15 ProR$ 4.627,08 (12x de R$385,59)R$ 6.279 (21x de R$ 299)R$ 7.263,87 (21x de R$ 345,90) *Caso o cliente queira ficar com o iPhone ao final, ele paga mais R$ 2.789,70, totalizando R$ 10.053,57R$ 9.299R$ 8.370 a R$ 9.300
iPhone 15 Pro MaxR$ 5.517,12 (12x de R$ 459,76)R$ 7.329 (21x de R$ 349)IndisponívelR$ 10.999R$ 10.049 a R$ 10.999
*Os modelos pesquisados partem sempre da memória mínima de cada um dos aparelhos

O quanto o iPhone encareceu nos últimos anos?

Um levantamento recente feito pelo Valor Investe mostrou que, se corrigido pela inflação, o primeiro iPhone vendido no Brasil custaria hoje algo em torno de R$ 2.376 a R$ 6.215. Nessa época, o salário mínimo era de R$ 415. Portanto, um trabalhador precisaria de 2,4 a 6,2 salários mínimos para comprar um aparelho do tipo.

Considerando que na época não havia os modelos de entrada e intermediário (como seriam os modelos iPhone 15 e iPhone 15 Pro), a comparação mais justa para se fazer é com o modelo mais caro, o iPhone 15 Pro Max. Portanto, hoje, com o salário mínimo em R$ 1.320, o consumidor precisa de mais de aproximadamente 8 salários para comprar o modelo top de linha com o mínimo de memória possível.

Em 2014, foi a primeira vez que a empresa lançou a estratégia de separar os modelos em versões básicas e mais avançadas. Na época, o aparelho mais recente era o iPhone 6 eo seu "irmão mais velho", o iPhone 6 Plus. O segundo, neste caso, era mais caro por contar com uma tela maior e a câmera com qualidade superior.

Na época, os valores do iPhone 6 no Brasil partiam de R$ 3.199. Já o iPhone 6 Plus custava a partir de R$ 3.599.

Corrigidos pela inflação no período, o iPhone 6 custaria a partir de R$ 5.372. Já o iPhone 6 Plus custaria a partir de R$ 6.044. Eles eram, portanto, bem mais baratos do que os seus equivalentes na linha do iPhone 15.

Fonte: valor Investe (22/10/2023)

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