quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Idosos: Expectativa de vida no Brasil sobe para 76,8 anos em 2020, sem considerar pandemia

  


Na comparação com dado imediatamente anterior, houve aumento de 0,2 ano na expectativa de vida 

A expectativa de vida ao nascer do brasileiro em 2020 era de 76,8 anos, de acordo com informações da Tábua de Mortalidade, apuradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado, cujo detalhamento será feito em informe hoje pelo instituto ainda essa manhã, foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta. 

Na comparação com dado imediatamente anterior, houve aumento de 0,2 ano na expectativa de vida. Em novembro do ano passado, o IBGE informou que a expectativa de vida do brasileiro ao nascer era de 76,6 anos.  

A expectativa de vida do brasileiro leva em conta média de ambos os sexos.  

Alta de expectativa de vida não considera pandemia  

O IBGE detalhou que esse aumento seria uma projeção, para o país, caso não houvesse pandemia por covid-19, iniciada em março de 2021, que vitimou mais de 613 mil pessoas até o momento no Brasil.  

"As Tábuas Completas de Mortalidade para o Brasil 2020 que estão sendo publicadas hoje pelo IBGE fornecem os indicadores de mortalidade que seriam esperados caso o país não tivesse passado pela pandemia de covid-19", detalhou o IBGE em nota.  

"Assim, se o Brasil não tivesse vivenciado uma crise de mortalidade em 2020, a expectativa de vida ao nascer seria de 76,8 anos para o total da população, com um acréscimo de 2 meses e 26 dias em relação ao valor estimado para o ano de 2019 (76,6 anos). Para a população masculina, a esperança de vida ao nascer seria de 73,3 anos, e, para as mulheres, de 80,3 anos, em 2020", completou ainda o instituto, em comunicado sobre o assunto.  

O instituto lembrou que a publicação das Tábuas de Mortalidade no Diário Oficial da União é feita pelo IBGE desde 1999, e determinada por lei, em cumprimento ao Decreto Presidencial nº 3.266, de 29 de novembro daquele ano. Na prática, as Tábuas de Mortalidade são calculadas a partir de projeções populacionais, baseadas nos dados dos censos demográficos - cuja última edição, no país, ocorreu em 2010.  

O IBGE frisou, no comunicado, que a metodologia usada para calcular expectativa de vida, adotada pelo instituto desde 1991, é recomendada pelos organismos de cooperação internacional e reconhecida pelos usuários de nossos dados demográficos, incluindo órgãos públicos das três esferas de governo e as principais instituições acadêmicas do país. 

Em informe sobre o tema, o IBGE lembrou ainda que, após a divulgação dos resultados de cada Censo Demográfico, o IBGE elabora novas tábuas de mortalidade projetadas. No entanto, a realização do próximo Censo no país, previsto inicialmente para ter como ano base 2020, foi adiada e a mais recente informação é que está programado para 2022.  

"As últimas tábuas foram construídas e projetadas a partir dos dados de 2010, ano de realização da última operação censitária no Brasil. Da mesma forma, um novo conjunto de tábuas de mortalidade será elaborado após a publicação dos resultados do Censo 2022, quando o IBGE terá uma estimativa mais precisa da população exposta ao risco de falecer e dos óbitos observados na última década", detalhou o instituto.   

O IBGE lembra que uma análise do aumento de óbitos acarretado pela pandemia de covid-19 em 2020, para o Brasil e as unidades da federação, pode ser encontrada nas Estatísticas do Registro Civil, divulgadas instituto na semana passada. Nesse levantamento, foi apurado aumento de 15% em óbitos em 2020, com cerca de 195,5 mil mortes a mais que em 2019, a maior alta histórica - em sua maioria, de idosos.

Fonte: Valor (25/11/2021)

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