Parece um truque de imagem, mas se trata de um protótipo real, diz o presidente da Lenovo IDG
Em um vídeo disponível no YouTube (vide abaixo), Luca Rossi mostra um celular da marca Motorola com “tela enrolável”. Ao colocar o aparelho na posição horizontal, a tela aumenta. Com um clique, ela volta a seu tamanho inicial. Dá para fazer o mesmo na vertical. Parece um truque de imagem, mas se trata de um protótipo real, diz o presidente da Lenovo IDG, braço de computadores pessoais, tablets e smartphones do grupo chinês, que detém a marca Motorola.
“O aparelho ainda não está pronto para venda, mas será o primeiro do mercado com essa tecnologia, talvez no prazo de um ano e meio”, diz Rossi.
O dispositivo com “tela enrolável” mostra os esforços da Lenovo para competir com concorrentes como a coreana Samsung e a americana Apple no mercado de smartphones. Trata-se de um setor em que estabelecer a reputação da marca entre os consumidores é essencial. A base desse trabalho, afirma o executivo, é criar produtos inovadores, que se tornem objetos de desejo do público e conquistem sua preferência na hora de decidir a compra.
A companhia tem investido em modelos como o Motorola Razr 40, que apresenta uma tela interna dobrável e outra externa, menor, na qual o usuário tem acesso às principais funções do dispositivo.
Inovações em software são outra frente de trabalho. A companhia investiu na linha Thinkphone, que se conecta aos notebooks Thinkpad por meio de um software exclusivo. “O usuário não precisa fazer nada”, explica Rossi. “Tudo que acontece no telefone é reproduzido no notebook e vice-versa. É uma experiência de ecossistema.”
O grupo tem duas fábricas no Brasil, ambas no interior de São Paulo. Em Indaiatuba são produzidos PCs e servidores da Lenovo; em Jaguariúna, celulares da Motorola. A produção é 100% dirigida ao mercado interno. A decisão de expandir a fábrica dependeria de um aumento da demanda no país. No momento, diz Rossi, não há planos imediatos para aumentar a capacidade.
Fonte: Valor (22/08/2023)
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