sábado, 19 de agosto de 2023

INSS: Deficitário, INSS ainda é principal plano de aposentadoria para 44% dos brasileiros

 


Importância de as pessoas se prepararem para a velhice, independentemente da forma como vão aplicar seu dinheiro para isso, foi um dos pontos discutidos em painel do Anbima Summit

A maior parte da população brasileira pretende viver da aposentadoria vinda da previdência pública. Mesmo com toda a discussão trazida durante e após a reforma da previdência, promovida durante o governo de Michel Temer, o INSS ainda é o plano principal de aposentadoria de 44% das pessoas. Pelo menos é isso que mostrou uma pesquisa trazida pelo planejador financeiro Eduardo Forestieri, da Planejar.

Durante sua apresentação no Anbima Summit o especialista trouxe um levantamento que mostrou que 19% das pessoas acredita que vai continuar trabalhando para se manter durante a velhice. Já 9% creem que viverão de aplicações financeiras. Além disso, 4% da amostra acredita que viverá de aposentadoria privada; 3% acreditam que viverão de aluguel ; 1% diz que viverá da ajuda dos filhos ou família e 1% das economias que possui.

O surpreendente, no entanto, é que 16% das pessoas disseram que não sabem como se sustentarão na velhice. Esse percentual sobe para 24% entre pessoas das classes D e E. Já entre a classe C ele vai para 15% e nas classes A e B ele é de “apenas” 9%.

Dentre os que pretendem viver do INSS, o percentual também aumenta entre as classes D e E. Entre essas pessoas, 50% pretendem viver da aposentadoria pública. Na classe C o percentual é de 44%. E nas classes A e B 35% pretendem contar com o INSS.

Na apresentação, o especialista falou sobre a importância de as pessoas se prepararem para a velhice, independentemente da forma como vão aplicar seu dinheiro para isso. “Pode ser em previdência privada, pode ser em poupança, pode ser guardando no colchão. Mas todos têm seus benefícios e malefícios”, afirma.

Ele destacou que, independentemente da renda e do regime de trabalho, as pessoas podem contar com a previdência pública, que atualmente beneficia 30 milhões de brasileiros, dos quais 64% recebem um salário mínimo.

Forestieri destacou, porém, que o INSS vem passando por mudanças, assim como a demografia da população. Isso significa, portanto, que o “planejamento” de alguém que conta com a previdência pública para se aposentar pode sofrer alterações.

Com isso, o especialista trouxe a importância de se fazer uma previdência privada, na qual a pessoa escolhe quanto quer depositar para si mesmo no futuro e como ele quer resgatar esse benefício no futuro.

Ele ainda destacou que o produto pode ser uma previdência fechada ou aberta. No primeiro modelo, estão os fundos de pensão criados exclusivamente para funcionários de uma empresa ou para alguma categoria específica, como advogados. Nesses casos, muitas vezes as companhias entram com uma parte do valor aportado. Atualmente, 2,3 milhões de pessoas investem nesse produto, que são 1,9% dos brasileiros.

Já no modelo aberto, o produto está disponível para quem quiser aderir. Segundo um levantamento da Fenaprevi, quase 11 milhões de brasileiros já acumulam R$ 1,3 trilhão em ativos em planos de previdência privada aberta.

Fonte: Valor Investe (17/08/2023)

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