Segundo a ministra, dados do TCU apontam um “salto significativo” de beneficiários em 2021 ou 2022, fazendo com que os benefícios pagos pelo INSS tivessem chegado a R$ 1 trilhão.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou nesta terça-feira (22) que o governo passará um pente-fino sobre "fraudes e erros" em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O objetivo seria recompor orçamento para os ministérios em 2024.
Segundo a ministra, dados do Tribunal de Contas da União (TCU) apontam um “salto significativo” de beneficiários em "2021 ou 2022", fazendo com que os benefícios pagos pelo INSS tivessem chegado a R$ 1 trilhão.
Ainda de acordo com Tebet, o TCU aponta que haveria "erro ou fraude" em 10% desses benefícios. "Se ficarmos com 1% ou 2%, seria suficiente para recompor o orçamento dos ministérios, que, inicialmente, teriam uma perda em 2024 de orçamento em relação a 2023", disse Tebet, durante 1º Seminário de Avaliação e Melhoria do Gasto Público, promovido pelo seu ministério.
Durante o seminário, a ministra afirmou que a avaliação de gastos públicos não tem como foco cortar despesas, mas, sim, tornar os programas mais eficientes ou realocar recursos para políticas mais eficientes. "Temos preocupação com responsabilidade fiscal, mas objetivo principal é o compromisso social", disse.
Desoneração de certos alimentos
Tebet também questionou a eficácia da política de desoneração da cesta básica, que custa quase R$ 35 bilhões por ano. Ela defendeu que seja repensada a desoneração de certos alimentos que compõem a cesta, como o salmão, para direcionar os recursos para programas como o Minha Casa, Minha Vida.
Fonte: Valor (22/08/2023)
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