De setembro de 2020 a setembro a 2021, a Oi ficou impedida de entrar em 105 comunidades para trabalhar nas redes de telecomunicações seja por ação das milícias ou dos traficantes,
revelou o gerente institucional da Oi, Alexander de Castro, ao participar nesta terça-feira, 28/09, do Painel Telebrasil 2021. O executivo denunciou ainda que na Baixada Fluminense, região metropolitana do Rio de Janeiro, estão acontecendo rompimentos intencionais e premeditados na rede de fibra ótica para derrubar a oferta dos serviços.
"Além de prejudicar milhões de pessoas, essas ações criminosas nos prejudicam na questão do desempenho setorial junto à Anatel e precisamos entender como agir. O roubo de cabos, furtos e equipamentos não são apenas na rede de cabo, mas também nas móveis", pontuou Alexander de Castro.
O Superintendente de Controle de Obrigações da Anatel, Gustavo Borges, informou que a agência reguladora está fazendo o que é possível - montou uma equipe de 500 fiscais - e prometeu para daqui a dois meses, o início da medição oficial para selos de qualidade - A, B, C, D e E - e que já há mais de 15 empresas que requisitaram ter esse selo de qualidade a ser concedido pelo órgão regulador.
"Isso significará que o mercado saberá que está em conformidade com as regras de certificação e homologação de produtos", destacou. Sobre a grave situação do Rio de Janeiro, Borges revelou que há uma relação com as autoridades estaduais para se ter um contra-ataque mais efetivo. "Mas reconhecemos que a situação é muito grave", lamentou.
O Diretor Técnico da Sercomtel, Tiago Caetano, revelou que o equipamento preferido para o roubo é o cobre com 200 pares - são 200 pares de fio embutidos em um cabo - e para retomar o trabalho, as equipes de manutenção têm de remendar e fazer os testes para que o serviço seja retomado para o consumidor. "Temos que fazer um exercício para motivar os profissionais que fazem e refazem esse trabalho diversas vezes por dia. Aqui na nossa região no Paraná, temos hospitais, órgãos públicos que ficam sem comunicação", lamenta.
A presidente-executiva da Feninfra, Vivien Suruagy, sinalizou que o combate à lógica do crime é crucial, mas reclama de uma ação mais contundente contra prestadoras de serviços que usam equipamentos roubados ou contrabandeados. "Há empresas fantasmas e inidôneas atuando no mercado brasileiro e a Anatel sabe disso. As obrigações ficam com as operadoras e as outras prestadoras não têm", reclamou.
Fonte: Convergência Digital (28/09/2021)
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