Uma analise sobre 4 fundos de pensão de servidores públicos: federais (Funpresp-Exe e Funpresp-Jud) e estaduais do RJ (RJPrev) e do ES (PREVES)
Este estudo analisou, de 2015 a 2019, a performance e a alocação de quatro fundos de previdência complementar fechada de servidores públicos federais (Funpresp-Exe e Funpresp-Jud) e dos estados do Rio de Janeiro (RJPrev) e Espírito Santo (PREVES). O desempenho de todos os fundos pelo índice Sharpe mostrou-se superior ao calculado para os índices do mercado de ações brasileiras.
Isso se deu por conta da baixa volatilidade apresentada pelos fundos, com retornos ligeiramente superiores ao CDI e inferiores ao Ibovespa. Foram investigadas as carteiras por Análise Estática e Dinâmica de Estilo, observando-se oito fatores de risco: renda fixa prefixada, pós-fixada e híbrida (inflação), investimentos imobiliários, ações bolsa Brasil, ações exterior, câmbio e dívida externa.
Os dois últimos fatores não apresentaram significância para nenhum fundo e saltou aos olhos a altíssima exposição à renda fixa, principalmente dos tipos pós-fixada (de menor volatilidade e menor retorno esperado) e híbrida, em menor grau.
Ficou evidente a baixíssima exposição à renda variável (isto é, a risco) por parte de todos os fundos analisados, o que pode ser um indicativo do setor. Se considerarmos a característica fundamental do longo prazo nesses fundos, tal baixa exposição sugere falta de diversificação e ineficiência, sendo, portanto, não benéfico aos participantes.
Além disso, em alguns períodos, o modelo apresentou baixos coeficientes de determinação, que podem advir da parte da carteira com ativos marcados na curva do papel, como na renda fixa híbrida, a exemplo das NTN-B (IPCA+) com duration longa: essa prática reduz artificialmente a volatilidade do fundo, inflando o índice Sharpe.
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