A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII) e o Ministério de Ciência Tecnologia e Inovações (MCTI) lançaram duas chamadas para credenciamento de Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs) como unidades EMBRAPII e Centros de Competência nas áreas de Hardware e Internet das Coisas (IoT). As iniciativas somam mais de R$ 500 milhões em investimentos, provenientes da Lei de TICs.
O objetivo da primeira chamada é ampliar a ecossistema de inovação da EMBRAPII/MCTI, com cinco novas Unidades EMBRAPII, duas das quais voltadas para pesquisas na área da Defesa. Já as Chamadas voltadas para os Centros de Competência visam selecionar oito ICTs para que desenvolvam tecnologias estratégicas para a competitividade nacional em Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC).
Diferentemente das Unidades EMBRAPII, que são focadas no desenvolvimento de tecnologia para o mercado, a atuação dos Centros de Competência é voltada para a geração de novos conhecimentos e realização de pesquisa em áreas da ‘fronteira tecnológica’ - termo utilizado para designar tecnologias disruptivas com nível baixo de maturidade, o que resulta em pouco interesse comercial nas primeiras etapas de desenvolvimento. Participaram do lançamento da chamada representantes do MCTI e da EMBRAPII.
Serão selecionados cinco grupos de pesquisa para desenvolver projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) com a indústria, sendo dois para atuar exclusivamente dedicadas à Base Industrial da Defesa. A iniciativa conta com o investimento total de R$ 25 milhões em recursos não reembolsáveis da EMBRAPII. A expectativa é gerar até R$ 75 milhões em investimentos de PD&I, pelo modelo de contrato da Organização, que exige contrapartida financeiras das empresas.
Oito institutos de pesquisas brasileiros vão receber R$ 480 milhões, em cinco anos, para torná-los Centros de Competência – três na área de Hardware e cinco em Internet das Coisas. A iniciativa pretende posicionar o Brasil em áreas estratégicas de novas tecnologias, focando a realização de atividades em níveis de ciência básica, formação de pesquisadores e profissionais, além do desenvolvimento tecnologia, transferência de conhecimento e promoção de um ambiente de inovação aberta.
A formação em recursos humanos é um dos pontos centrais da ação. Espera-se que os investimentos no setor garantam a retenção e o repatriamento de "cérebros'' para o Brasil para atuar nas áreas de 5G/6G, OpenRAN, segurança computacional, tecnologias quânticas, ambientes virtuais e plataformas de hardware.
Com a geração de conhecimento interno, a expectativa é construir um caminho para que o país se torne referência mundial no desenvolvimento de tecnologias, promovendo a autonomia brasileira na produção de componentes tecnológicos e aproximando o Brasil das economias mais avançadas em tecnologia.
A ação pretende também alavancar recursos privados em inovações disruptivas, a partir da união estratégica do know-how de grandes empresas com o conhecimento de vanguarda de startups. A ideia é incentivar a criação de deeptechs, do inglês ‘tecnologia profunda’, que se refere ao desenvolvimento de produtos ou serviços com base em pesquisas científicas avançadas em áreas como biotecnologia, blockchain, inteligência artificial, genética, nanotecnologia, etc.
Fonte: Convergência Digital e MCTI (23/06/2022)
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