Assinatura do 'Manifesto pela Inovação Aberta' ocorreu na manhã desta quarta-feira (8) na prefeitura. Nas capitais, tecnologia começará a ficar disponível até setembro deste ano.
Campinas (SP) lançou nesta quarta-feira (8) uma rede de colaboração para buscar parcerias em investimentos e pesquisas sobre a tecnologia 5G. No evento, sediado da prefeitura, foi assinado o "Manifesto pela Inovação Aberta", na presença de empresas como Embrapa, CPqD, Unicamp, PUC, Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e a operadora de telefonia e internet TIM.
Chamado "Open 5G", o encontro promovido pela administração municipal apontou desde as necessidades para permitir a chegada dessa tecnologia - fornecedores de dispositivos, equipamentos e software; instituições de pesquisa e inovação; e startups - até as possibilidades de geração de empregos nessa área.
O edital do 5G no Brasil previa a implantação nas capitais em julho deste ano, mas o prazo, definido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), mudou para setembro. A ideia é que a metrópole também consiga, em breve, se beneficiar deste avanço tecnológico.
"Considerando que a gente é o 10º PIB do Brasil, é uma cidade que está à frente de muitas capitais. A gente tem a expectativa de que muito antes de muitas capitais também essa tecnologia venha pra cá. É uma decisão que depende não só de uma decisão da cidade, mas a nossa expectativa é que isso se concretize rapidamente", afirmou Adriana Flosi, secretária de Desenvolvimento Econômico de Campinas.
A Embrapa, maior centro de pesquisa em agricultura do país, vê na nova tecnologia maior precisão para ter dados e informar produtores sobre eventos que possam interferir nas lavouras.
"Informações que podem dar previsão de como vai se comportar a sua safra, da produtividade, da qualidade daquilo que você está produzindo. Então, o 5G permite, numa rápida velocidade, coletar informações, processar essas informações e já devolver isso rapidamente para o produtor, que vai tomar uma decisão muito rápida", disse Carla Macário, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Agricultura Digital.
Algumas mudanças com o 5G
Quando o 5G chegar na região, mais dados compartilhados em um tempo menor e com uma velocidade 100 vezes maior serão a nova realidade da sociedade, o que vai permitir também maior acesso da população a plataformas digitais. É a evolução da tecnologia atual que temos, a 4G.
Não só celulares e computadores serão conectados à internet, mas também carros autônomos, semáforos, relógios, residências e outros dispositivos, com mais qualidade do que já se tem hoje.
Videochamadas e transmissões ao vivo devem se tornar mais claras, a internet deve "cair" menos, a experiência de jogos online também será aprimorada.
"Vai expandir as oportunidades de trazer através da tecnologia, conectividade e transmissão, uma qualidade de vida melhor. Um prazer maior de você navegar na internet. Tem muitas pessoas hoje que usam a internet como um ambiente para trabalho", explicou o presidente do CPqD, Sebastião Sahão Júnior.
Legislações municipais terão mudanças
Para receber a tecnologia 5G, boa parte das capitais e demais cidades também precisarão mudar a legislação municipal para adequar as normas à Lei Geral de Antenas e a um decreto de 2020, conforme prevê o edital. O objetivo é atender à necessidade de instalação de, no mínimo, uma antena por 100 mil habitantes.
De acordo com o Ministério das Comunicações, 16 capitais brasileiras já fizeram a adequação legislativa para implementar o 5G ainda em julho.
Ainda assim, as empresas de telefonia precisam dos equipamentos para fazer a "limpeza de faixa", que é uma mudança para evitar que, na implantação, consumidores de sinais de antenas parabólicas sejam afetados.
Fonte: G1 (08/06/2022)
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