A Fundação Copel anunciou a compra do fundo de previdência Mais Futuro, a primeira do novo plano estratégico de se tornar uma incorporadora de fundos de pensão. Com mais de R$ 15,2 bilhões em patrimônio administrado e mais de 20 mil participantes, a entidade paranaense agora absorve mais 5,6 mil associados e R$ 207 milhões em ativos. Segundo Ana Letícia Feller, presidente da fundação, outras entidades já estão sendo avaliadas para aquisição e a expectativa é em quatro anos subir do 12º para o sétimo lugar no ranking nacional do setor.
“Temos um campo enorme para crescer”, diz ela. “Nosso desafio agora é nos tornarmos mais conhecidos como incorporadora.” Feller comenta que no Brasil somente quatro mil empresas têm fundo próprio e menos de 5% da população têm acesso ao benefício. Por isso, projeta crescimento de 50% até 2029. Para os planos incorporados, ela afirma que a vantagem é ter acesso a redução de custos e investimentos que só grandes conseguem. Já a Fundação Copel tem ganho de escala.
O processo agora aguarda aprovação da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), mas, enquanto isso, a integração já vai começar, explica Feller. O Mais Futuro, criado para atender aos funcionários do Grupo JMalucelli, começou a buscar uma nova administradora em 2024, com a seleção de seis instituições. Ganhou a que ofereceu o menor custo. Hoje, com política de investimentos própria, os planos da Mais Futuro aos poucos passarão por uma transição para os termos da Fundação Copel.
A presidente da instituição comenta que, logo que foram criados, alguns planos tiveram problemas na modelagem, principalmente os de benefício definido, e muitos amargam déficit, embora frise que não é o caso da Copel. Nos últimos anos, prossegue ela, os fundos foram se modernizando para o formato de contribuição definida, que não tem déficit. “É um cenário que abre caminho para buscarmos novas empresas que têm interesse nos incentivos fiscais e na oferta do benefício para reter talentos e também para incorporar carteiras já existentes”, conclui.
Fonte: Valor (22/08/2025)

Nenhum comentário:
Postar um comentário
"Este blog não se responsabiliza pelos comentários emitidos pelos leitores, mesmo anônimos, e DESTACAMOS que os IPs de origem dos possíveis comentários OFENSIVOS ficam disponíveis nos servidores do Google/ Blogger para eventuais demandas judiciais ou policiais".