Resultado negativo de 99 mi de euros no 4º trimestre levou lucro da IAG a encolher 43% no ano
A International Consolidated Airlines Group (IAG), controladora da British Airways e da Iberia, registrou prejuízo no quarto trimestre de 2019 e queda de 43% no resultado do ano, devido a itens excepcionais. A companhia informou ainda que a epidemia do novo coronavírus (Covid-19) impede a apresentação de projeções para os resultados em 2020, dadas as incertezas sobre sua duração.
Nos últimos três meses do ano passado, a empresa apresentou perda de 99 milhões de euros, revertendo o lucro de 383 milhões de euros registrado no mesmo período de 2018. No ano, o lucro caiu de 3 bilhões de euros para 1,7 bilhão de euros.
Segundo a companhia, o custo excepcional que prejudicou os resultados do trimestre e de 2019 vem de um acordo com funcionários envolvendo o fundo de pensão da companhia, que acabou tendo um custo total de 672 milhões de euros. Excluindo este item, a empresa registra lucro líquido de 573 milhões de euros.
A receita consolidada somou 6,2 bilhões de euros no quarto trimestre, alta de 3,3%, com aumento de 4% da receita com transporte de passageiros e queda de 10,4% com cargas. Em 2019, a receita total da IAG subiu 5,1%, para 25,5 bilhões de euros.
A oferta de assentos por quilômetro (ASK, na sigla em inglês) subiu 2% no quarto trimestre e a receita por passageiros por quilômetro pago (RPK, na sigla em inglês) cresceu 5,4%. O número de passageiros transportados avançou 4,2%, para 27,8 mil.
Sobre os efeitos do Covid-19, além de impedir a divulgação de projeções, a IAG informou que as rotas asiáticas e europeias apresentam queda de demanda, além de um recuo de viagens de pessoas a trabalho. Os voos para a China foram suspensos e a empresa reduziu a capacidade das rotas para a Itália.
Fonte: Valor (28/02/2020)
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