Sistel: Em comunicado lacônico conselheiros eleitos não explicam motivo de déficit repentino no PAMA

Vide comunicado divulgado pelos conselheiros eleitos da Sistel em um único site de associação:

"Novamente estamos sinalizando a cor de alerta para o nosso Plano Assistencial  – PAMA.
Nós conselheiros eleitos, representantes dos assistidos, recentemente informamos a todos  os estudos atuariais do PAMA sobre a situação de equilíbrio do mesmo. 

No entanto, paralelamente aos estudos contábeis  do Plano estamos propondo ao Conselho e a diretoria da SISTEL uma contratação de uma segunda opinião sobre os cálculos atuariais bem como uma adaptação na gestão do plano prevendo, se possível, uma renegociação dos contratos existentes, bem como, alternativas, como por exemplo a utilização de Vale Saúde. 

Ressaltamos que o comportamento na área de saúde precisa de ser constantemente monitorado e, em dezembro a Sistel apresentou estudos comprovando o resultado de cada plano. 

Estes estudos serão apresentados na primeira reunião do ano seguinte (05/03/2020), quando são esclarecidas e discutidas as oscilações dos mesmos. 

É importante lembrar que a inflação médica segue uma rotina diferenciada do INPC, por envolver diretamente outros fatores como, por exemplo, a oscilação do valor dólar. (Inflação médica de 2019 foi de 17% conforme revista exame). 

Alertamos a todos os assistidos que fiquem tranquilos e podem confiar na divulgação das notícias dos conselheiros eleitos, pois, somos seus representantes legais na Sistel. 

Fonte: Conselheiros eleitos Flordeliz, Ezequias, Burlamaqui e Ítalo (17/02/2019)"  

Nota da Redação:  O PAMA vinha durante todo ano de 2019 apresentando sobras crescentes e uniformes e, de repente, após uma avaliação atuarial em dezembro daquele ano, tornou-se deficitário. Os conselheiros eleitos devem uma explicação mais detalhada sobre esse fato.

O mais estranho é que enquanto todos planos previdenciários tiveram uma redução na taxa de juros atuarial, o PAMA foi o único plano a ter um aumento dessa taxa (passou de 3,80 para 3,90% aa), ação que normalmente deveria provocar o aumento de suas sobras, mas o que se viu foi o inverso, atingir um déficit.

Na avaliação atuarial realizada em dezembro de 2019 a previsão de despesas futuras do PAMA aumentou repentinamente em quase 10%, enquanto a receita das contribuições subiu somente o INPC (4,48%). Esse desbalanceamento pode explicar o déficit repentino. Mas se for esse o motivo do déficit, constata-se que a avaliação atuarial feita no final de 2018 pela Sistel e sua consultoria contratada foi totalmente equivocada. 

Pelo texto acima a explicação dos conselheiros só virá em março.