terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Meu bolso: Para quem viaja muito e compra pelo mundo na internet, saiba como ter conta e cartão de débito em dólar gastando menos



Bancos digitais permitem compra do dólar com cotação comercial e transferência bancária a qualquer hora do dia ou da noite

A tecnologia mais uma vez veio para deixar a compra de moeda estrangeira um pouco mais acessível. Com o dólar batendo recordes nominais de cotação, toda forma de economia é bem-vinda na hora de realizar gastos na divisa americana.

Hoje já é possível ter conta em dólar e cartão de débito sem precisar sair do Brasil. Os motivos para ativar esses serviços vão de viagens frequentes, planejamento para as férias, para ter uma reserva em dólar ou para fazer compras nos sites no exterior, sem precisar da conversão por cartão de crédito, que cobra um imposto sobre operações financeiras (IOF) mais caro.

Há alguns meses, bancos digitais brasileiros passaram a oferecer, além das contas nacionais, também a abertura de uma espécie de conta internacional. Isso é possível por meio de unidades dos bancos abertas no exterior.

O C6 Bank oferece a chamada Conta Global que é uma conta que vem com um cartão de débito. O serviço pode ser solicitado por qualquer cliente do banco. Os depósitos só podem ser feitos por meio da conta do C6 nacional para a global. Não dá para transferir recursos de nenhuma conta de outros bancos.

O valor mínimo de cada transação é de US$ 100. Sobre o montante, incide ainda o IOF de 1,1%, igual ao cobrado pelo papel moeda, acrescidos de 2% da taxa do banco. Ao todo, você paga o valor da conversão mais 3% de tarifas e impostos.

De acordo com o banco, o valor do dólar é a cotação do dia do dólar comercial, não do turismo, que costuma ser mais caro (entenda porque o preço varia).

A abertura da conta, que acompanha um cartão de débito de bandeira Mastercard, aceito em vários países, custa US$ 30. O valor é pago uma única vez. Não se trata de uma taxa mensal de manutenção. Além de compras no débito, o cartão também possibilita até quatro saques por dia nos caixas eletrônicos da rede Cirrus .Para cada saque é cobrada tarifa de US$ 5.

Tanto nos cartões de crédito como nos de viagem (aqueles de débito pré-pagos), o IOF que incide sobre a operação é de 6,38%. Por isso, pelo menos em relação ao imposto pago, o método de transferência para uma conta internacional acaba sendo mais barato.

Outras opções
O BS2 (antigo Banco Bonsucesso) também tem conta digital internacional com cartão de débito internacional mastercard. Segundo a instituição, em três meses desde o lançamento da função, o número de contas internacionais chegou a 50 mil.

Não há cobrança para abrir a conta e todo o processo de cadastro é feito online. Você abre uma conta nacional no BS2 e, em seguida, habilita a conta internacional. As conversões também são realizadas instantaneamente, a qualquer hora do dia ou da noite.

Os saques custam US$ 5, mais alguma tarifa de caixas eletrônicos, quando houver. As transferências não têm mínimo, nem taxa de serviço. O IOF também de 1,1% para conversão de real para dólar e de 0,38% de dólar para real.

Envio e recebimento de ordens de pagamento custam US$ 12 e correções nessas ordens internacionais são US$ 30. Mas as transferências da conta nacional do BS2 e da internacional são gratuitas, feitas na cotação do dia do dólar comercial.

As contas internacionais também podem ser abertas pelos bancos tradicionais, mas com um pouco mais de burocracia. Outra maneira de tentar economizar na hora de comprar dólar é fazer remessas internacionais.

Fonte: Valor Investe (11/02/2020)

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