sexta-feira, 29 de outubro de 2021

TIC: Facebook agora é Meta. Mas, afinal, o que é o metaverso, que inspirou o novo nome da gigante

 


Conceito da ficção científica está na mira das Big Techs. Entenda e consulte nossa postagem do início deste mês

A mudança de nome do grupo Facebook para 'Meta', anunciada nesta quinta-feira por Mark Zuckerberg, é mais um capítulo do esforço recém divulgado pela gigante da tecnologia em desenvolver o metaverso, o que promete ser a próxima 'Era da Internet'.

Mas o que é, afinal, o conceito que está na mira das Big Techs? Entenda a seguir:

O que significa o termo 'metaverso'?

Descrito pela primeira vez em 1992, o termo metaverso apareceu no livro de ficção científica “Snow Crash”, escrito por Neal Stephenson, e designa um espaço coletivo que converge o mundo real com o espaço virtual.

Hoje, essa mescla já é possível por meio de tecnologias como realidade virtual (RV) e realidade aumentada (RA), e pode ter aplicações em diversos setores - como jogos, plataformas de streaming, programas para videoconferências e mais.

Como surgiu o metaverso?

Especialistas explicam que o metaverso encontrou espaço fértil para se desenvolver primeiro na indústria dos games. As tentativas começaram ainda por volta dos anos 2000, com jogos virtuais como o Second Life, da Linden Lab.

Quem domina o metaverso?

Após uma série de tentativas de consolidação desse espaço virtual, games como Roblox e Fortnite são considerados os principais protagonistas que já formalizaram sua entrada no metaverso.

Ambas as plataformas costumam realizar uma série de experiências imersivas com capacidade para milhares de usuários em tempo real.

O Fortnite, da Epic Games fez uma parceria com o cantor Travis Scott, que entrou no jogo por meio de seu avatar e realizou um show imersivo para mais de 12 milhões de jogadores simultâneos, público recorde atingido pela plataforma.

O Roblox, - que já tem 48 milhões de usuários ativos por dia, mais do que a população inteira da Espanha ou Canadá -, também proporciona uma série de experiências imersivas, como a parceria realizada com a Gucci em maio deste ano.

Há também empresas como o Facebook e a Microsoft, que dão seus passos em busca do desenvolvimento desse ambiente que mescla o físico e o virtual.

Em agosto, a empresa de Zuckerberg lançou um novo aplicativo de realidade virtual chamado Horizon Workrooms.

Desenvolvido pela Oculus, divisão de realidade virtual da empresa, ele proporciona uma sala de reuniões virtual na qual os participantes interagem por meio de avatares. Cada convidado usa um óculos de realidade virtual e fones.

Zuckerberg também já anunciou um investimento de US$ 50 milhões na “construção do metaverso”, além da contratação de mais de 10 mil funcionários para desenvolver o que é considerado por especialistas como o futuro da Internet.

Como as marcas vão se apropriar do metaverso?

Com a aceleração da digitalização em meio à pandemia, a tendência é que cada vez mais ações realizadas no espaço virtual tenham implicações no mundo real, segundo especialistas.

E isso vai desde a experiência em um game, passando por compras pessoais e uso de tokens não fungíveis (NFTs), até a rotina de trabalho, por exemplo.

Uma bolsa da Gucci, que só existe apenas no espaço virtual, foi vendida por um valor maior do que a versão real do item. Um modelo da bolsa Dionysus foi comprado no Roblox por 350.000 Robux, o equivalente a R$ 21,8 mil.

Fonte: O Globo (28/10/2021)

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