A Oi ganhou nova sobrevida com a aprovação, primeiro pela Anatel, hoje pelo CADE, da venda do pedaço mais precioso do plano de recuperação para evitar a falência: R$ 16,5 bilhões pela operação de telefonia móvel do grupo. Ao celebrar a chancela do órgão antitruste nesta quarta, 9/2, a empresa tranquilizou clientes e credores.
“Somos um grupo que gera 91 mil empregos diretos e indiretos no país e tem uma série de compromissos assumidos com os credores. A aprovação de mais esta etapa nos dá a segurança necessária para continuarmos seguindo na execução do nosso plano e construindo um futuro sustentável para a companhia”, afirmou o presidente da Oi, Rodrigo Abreu.
Em nota, a Oi diz que a operação “viabiliza a redução da dívida da Oi, sendo principal fonte de caixa para pagar credores concursais e extra-concursais, dentre os quais encontram-se o BNDES, a Anatel, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, além de viabilizar a manutenção das demais atividades do processo de recuperação da companhia”.
Aos 41 milhões de clientes da Oi Móvel, a empresa “reitera que a aprovação de mais esta etapa no processo de venda de sua operação móvel não acarretará nenhum impacto nos contratos vigentes, na prestação dos serviços e no relacionamento entre a Oi e seus clientes pessoa física e jurídica”.
A partir de uma dívida de R$ 64 bilhões, a negociação com credores trocou parte dos compromissos por ações e alinhou a venda de uma série de ativos para conseguir recursos. O grupo já se desfez de torres e datacenters, e vai vender o controle acionário do braço focado em redes de fibras ópticas, a V.Tal, ficando como minoritária.
Como apontou a Oi, “a operação vai gerar recursos necessários para a execução do novo Plano Estratégico da Oi, plano este que visa, sobretudo, ao fortalecimento de sua atuação no fornecimento de serviços de conectividade em fibra ótica em todo o país, bem como a criação de um inovador modelo de serviços de atacado, por meio da criação de uma empresa de infraestrutura de rede neutra (a V.tal), o que por si só ampliará as condições de competição e acesso a infraestrutura por todos os players do mercado de telecomunicações”.
TIM
Em nota, a TIM – que vai ficar com 44% da Oi Móvel – diz “estar preparada para assumir a maior parte dos ativos móveis da Oi”. O presidente da empresa, Alberto Griselli, festejou a decisão do CADE e acredita que “a retomada de eficiência e produtividade desses ativos móveis, combinada com a chegada da tecnologia 5G, vai permitir a aceleração tecnológica de um setor estratégico para a economia, com efeitos benéficos pelas próximas décadas.”
Fonte: Convergência Digital (09/02/2022)
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