segunda-feira, 22 de julho de 2024

TIC: O que esperar da segunda rodada do leilão da ClientCo (Oi Fibra), que pertence a Oi



Expectativas e salvação da Oi estão agora depositadas na 2ª rodada do leilão da Oi Fibra (ClientCo)

Após primeira rodada do processo competitivo para venda da unidade de clientes de fibra da Oi (a ClientCo), onde apenas uma oferta foi apresentada e abaixo do valor mínimo, as expectativas se viram para a segunda rodada do leilão.

Como apontou análise de TELETIME, a V.tal é vista como o destino mais provável da base de 4,3 milhões de assinantes. Mas o processo de ofertas pela ClientCo da Oi segue aberto. Em tese, interessados nos ativos ainda pode apresentar proposta até a segunda rodada, inclusive sem incluir propostas 100% em dinheiro.

A Justiça do Rio de Janeiro designou o dia 6 de agosto para retomada da audiência suspensa ontem, dia 17 de julho, mas o prazo pode ser maior a depender dos trâmites de manifestação dos credores e convocação da segunda rodada.

Na primeira rodada, Ligga, Vero e Brasil TecPar se habilitaram, mas apenas a primeira entregou proposta, de R$ 1,030 bilhão (bem abaixo dos R$ 7,3 bilhões esperados). A razão para o desinteresse do mercado seria o peso do contrato de uso de redes neutras da V.tal no futuro da operação da unidade à venda.

Assim, o processo foi suspenso para avaliação da oferta da Ligga por credores da recuperação judicial da Oi. Em caso de negativa, a segunda rodada terá como elemento um compromisso já assumido pela V.tal: o de fazer uma oferta pela unidade de clientes – juntamente com quaisquer outras propostas formuladas por demais interessados.

Neste caso, o pagamento para os credores da Oi (que passarão a ter 80% do capital da Oi após a recuperação judicial) seria na forma de equity da empresa de rede neutra e da oferta de créditos de obrigações da V.tal. Ainda não está definido se será construída uma empresa específica para este propósito, segundo apurou este noticiário. Em carta enviada à Oi em abril, os credores que firmaram acordo com a empresa de redes do BTG descreveram a operação da seguinte maneira:

"Em relação ao plano de reestruturação da Oi e o processo de marketing da ClientCo, certos credores financeiros e a V.tal chegaram a um acordo sobre os principais termos comerciais de uma oferta "fallback" para a ClientCo que incluiria, como compensação, uma combinação de capital e oferta de créditos de obrigações da V.tal, suficiente para colocar a participação acionária agregada da Oi na V.tal (sujeita a certos ajustes potenciais) em 27,5%". Vale lembrar que a venda das ações da Oi na V.tal é também uma etapa prevista no plano de recuperação judicial.

Hoje, após diluições mais recentes, a fatia da Oi na V.tal é de 17%. A operadora já chegou a precificar a participação em R$ 8 bilhões no âmbito da recuperação judicial. Isso considerou uma avaliação da V.tal em cerca de R$ 47 bilhões, mas isso foi em outra configuração de mercado e ainda antes de a V.tal ter feito empréstimos à Oi, e também antes de ter atuado como avalista nos investimentos que a Oi terá que fazer para a migração do modelo de concessão para autorização.

Fonte: TeleTime (18/07/2024)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

"Este blog não se responsabiliza pelos comentários emitidos pelos leitores, mesmo anônimos, e DESTACAMOS que os IPs de origem dos possíveis comentários OFENSIVOS ficam disponíveis nos servidores do Google/ Blogger para eventuais demandas judiciais ou policiais".