terça-feira, 16 de junho de 2020

TIC: Oi estabelece preço mínimo de R$ 15 bi para divisão de telefonia móvel



Empresa propõe a formação de unidades produtivas isoladas a fim de segregar seus negócios 

A Oi estabeleceu como preço mínimo para sua operação de telefonia móvel e seus relativos ativos o valor de R$ 15 bilhões. A informação consta no documento de aditamento ao plano de recuperação judicial. A empresa prevê fazer os leilões de seus ativos a partir de outubro deste ano.  

A Oi propõe a formação de unidades produtivas isoladas (UPIs) a fim de segregar seus negócios. A proposta é criar as seguintes UPIs: ativos móveis, torres, data center e infraestrutura (“InfraCo”).    

“As UPIs serão constituídas sob a forma de sociedades por ações de propósito específico e poderão ser alienadas, em modelos distintos para cada natureza de UPI, visando ao pagamento de dívidas e à geração de recursos necessários à expansão de sua infraestrutura de fibra e serviços associados, que são o foco principal da estratégia do grupo Oi”, diz o documento.  

Além da UPI ativos móveis, a Oi prevê a venda integral da UPI torres, por no mínimo R$ 1 bilhão, e data center, por pelo menos R$ 325 milhões. Essas duas UPIs têm leilão previsto para outubro deste ano, com a conclusão da venda até o fim do quarto trimestre. A UPI Torres é composta por 657 torres da móvel e 225 sites indoors (infraestrutura passiva em shoppings, hotéis e outros). 

Já a UPI Data Center reúne cinco data centers.   Já a UPI InfraCo deverá manter participação relevante da Oi, uma vez que reunirá ativos de infraestrutura e fibra relacionados às redes de acesso e transporte, áreas às quais a empresa pretende dedicar-se. A aditamento prevê a venda de até 51% do capital votante da UPI, por valor mínimo de R$ 6,5 bilhões.  

Segundo o texto, o objetivo é que sejam adotadas medidas que garantam a participação ativa da Oi na criação e expansão de uma empresa líder nacional em infraestrutura em fibra ótica. O documento ainda propõe que a Oi ou sua subsidiária InfraCo poderão captar novos recursos por meio de linhas de crédito contratadas com credores quirografários, até o montante de R$ 3 bilhões.  

A alienação da UPI Ativos Móveis está prevista para o quarto trimestre. Em março, TIM e Vivo anunciaram interesse em compra conjunta de ativos da unidade de telefonia móvel. A Oi estabeleceu no aditamento o preço mínimo de R$ 15 bilhões para a unidade. A conclusão da venda, no entanto, está prevista para o quarto trimestre de 2021.  

Por fim, a UPI InfraCo, na qual a Oi pretende manter participação relevante, tem leilão previsto para o primeiro trimestre de 2021 e conclusão estimada para o terceiro trimestre. A Oi pretende alienar de 25% a 51% do capital votante da subsidiária, pelo preço mínimo de R$ 6,5 bilhões.  

A proposta de aditamento, no entanto, ainda precisa ser aprovada na Assembleia Geral de Credores, prevista para acontecer em agosto.

Fonte: Valor (16/06/2020)

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