TIC: Para Anatel, o risco da Oi não acabou, mas caiu com negociação das dívidas

O presidente da Anatel, Carlos Baigorri, avaliou como positivas as negociações da Oi que resultaram na redução do endividamento da empresa. A operadora anunciou a ampliação do acordo com o governo, que elevou o perdão de R$ 7 bilhões para R$ 11 bilhões dos R$ 20 bilhões que devia em multas da própria Anatel. 

Ao comentar a situação da Oi nesta quinta, 2/6, Baigorri admitiu que a situação da empresa, embora ainda em recuperação judicial, melhorou. “Não acabou o risco, mas reduziu consideravelmente. A empresa tinha uma dívida acima de R$ 60 bilhões e veio reduzindo, seja pela venda de ativos, seja pela renegociação com credores privados e credores públicos”, afirmou. 

Esse movimento, disse Baigorri, abre novas perspectivas. “Reduzindo a dívida, reduz a necessidade de pagamento e dá espaço para a empresa fazer novas dívidas. Algo que ela não tinha mais espaço. E com a saída da recuperação judicial há a expectativa que o mercado de crédito se abra a ela. Porque estando em recuperação é difícil, o crédito é muito caro. Com a saída da recuperação judicial e um perfil de dívida mais equilibrado, a gente entende que a Oi tem condições de continuar financiando a prestação de seus serviços.”

Ele reconheceu que, como regulador, a Anatel ainda precisa ficar atenta, mas a situação mudou. “Se isso vai ter fluxo de caixa positivo ou negativo, é uma questão que neste momento não é mais crítico. O acompanhamento do fluxo de caixa negativo era crítico há algum tempo atrás porque a empresa não tinha condições de se financiar mais. Vamos continuar monitorando, mas ela sai da luz vermelha piscando para a verde ou amarela.”

Fonte:  Convergência Digital (02/06/2022)