Os órgãos do governo estadunidense buscam afastar países emergentes do que seriam “fornecedores não-confiáveis” de redes 5G
A Comissão Federal de Comunicações (FCC) e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), responsável por um fundo de ajuda humanitária para auxiliar países onde ocorreram catástrofes, uniram forças com o intuito de influenciar o desenvolvimento da tecnologia 5G nos países emergentes.
Os órgãos assinaram um memorando de entendimento, pelo qual se comprometem a implementar o plano nacional de segurança 5G criado pelo governo de Donald Trump em março, cujo foco principal é a segurança dos sistemas 5G.
O objetivo da cooperação entre as agências é afastar os países emergentes, inclusive os da América Latina, de “fornecedores não-confiáveis” e, simultaneamente, estimular a utilização do que seria uma rede 5G “aberta, inter-operável, confiável e segura”.
A medida segue uma política nacional de estimular redução da confiança doméstica de kits vindos de fornecedores chineses, como Huawei e ZTE. Desde abril, com a chegada do Clean Networks programme, os Estados Unidos vêm pressionando aliados a fazerem o mesmo.
Nesse contexto, a FCC ficará responsável por fornecer experts em telecomunicações e lei de espectros a fim de compartilhar informações com membros do governo de países estrangeiros. Também, deverá treinar funcionários do USAID.
A USAID, por sua vez, se comprometeu em prover assistência técnica a governos que solicitarem ajuda para revisar sua políticas de telecomunicações. Além disso, afirmou que irá promover a educação de parceiros do setor privado a respeito de cibersegurança e estabelecerá contato entre fornecedores de open RAN e Estado. A agência possui atividades na América Latina, África, Ásia, Oriente Médio e Europa.
Fonte: TeleSíntese (14/10/2020)
Nota da Redação: Em outras palavras, os EUA, que se atrasaram no desenvolvimento do 5G, irão agora pagar para que países sob sua guarda não utilizem tecnologia 5G chinesa, que é a mais barata.
A sugestão é que no desenvolvimento do 6G, que já se iniciou internacionalmente, eles invistam e acompanhem a evolução dessas normas desde o início, para que não tenham que jogar dinheiro fora com boicotes a fabricantes que se atualizaram tecnologicamente.
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