quinta-feira, 13 de maio de 2021

TIC: À espera da Anatel, Vivo quer ter rede neutra de fibra no segundo semestre

 


Aprovada pelo Cade no início de abril e à espera da anuência da Anatel, a Vivo acredita que terá sua rede neutra de fibras ópticas operacional no segundo semestre deste 2021, afirmou o presidente da operadora, Christian Gebara, ao apresentar os resultados financeiros do primeiro trimestre nesta quarta, 12/5. 

“Estamos esperando aprovação da Anatel. Nossa rede de fibra neutra estará operacional até a segunda metade deste ano, partindo de 1,6 milhão de casas passadas e com a meta de 5,5 milhões em quatro anos”, disse o executivo. Batizada de Fibrasil, essa empresa tem 25% de participação da Vivo, outros 25% do braço de infraestrutura da matriz, a Telefónica Infra, e 50% do fundo de pensão canadense Caisse de Depôt et Placement du Québec (CDPQ). 

Ao transferir essas 1,6 milhão de casas passadas para a Fibrasil, a Vivo manteve o grosso da infraestrutura de fibra ainda em sua propriedade direta, nesse que é o negócio de maior crescimento da operadora: conexões em fibra óptica associadas a serviços digitais. A empresa tem 16,3 milhões de casas passadas, das quais 3,7 milhões com serviços contratados (alta de 41% sobre o primeiro trimestre de 2020). 

“Temos um impacto cada vez maior, a cada trimestre, da substituição do legado por FTTH. Só o FTTH representou R$ 1 bilhão da receita no primeiro trimestre. É um número muito forte. E se acrescentar nesse número o que é IPTV, estamos falando de 13% da receita total”, disse Gebara. 

No geral, a Vivo registrou lucro líquido de R$ 942 milhões, uma redução de 18,3% na comparação anual, justificada pela companhia pelo “aumento da depreciação e da despesa financeira”. A receita total líquida cresceu 0,2%, alcançando R$ 10,9 bilhões – dos quais R$ 9,5 bilhões no que a empresa chama de ‘negócio core’, que exclui xDSL, telefonia fixa e DTH. 

A empresa terminou o primeiro trimestre de 2021 com 95,8 milhões de acessos, sendo 16,1 milhões deles em serviços fixos. Nesse caso, houve recuo de 12% na comparação anual, por conta da queda de 21% nos clientes xDSL, STFC e TV paga. Os acessos FTTH cresceram 41%. 

Nos serviços móveis, as receitas líquidas cresceram 1,1%, puxadas pelo pré-pago, que teve alta de 4%, frente ao recuo de 0,6% no pós-pago. A receita de aparelhos subiu 10,9% em relação ao primeiro trimestre de 2020. No fim de março deste ano, a Vivo contava 79,6 milhões de clientes no segmento, 33,1% do mercado nacional, sendo 46 milhões pós-pagos e 33,6 milhões pré-pagos. 

Fonte: Convergência Digital (12/05/2021)

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