O preparo para a aposentadoria deve começar na meia idade
O despreparo para a aposentadoria que frequentemente se vê nas pessoas independe da formação, nível hierárquico e status. Essa é a visão de Renato Bernhoeft, colunista do Valor, fundador e presidente do conselho da höft consultoria. “Ele é generalizado”, diz Bernhoeft, que é autor de livros sobre empresas familiares, sociedades empresariais e qualidade de vida. “Especialmente os executivos de média e alta gerência, que desfrutam de muitos benefícios e símbolos de 'status' nas corporações apresentam a maior dificuldade para o processo de afastamento.”
O impacto da perda do “sobrenome corporativo”, muito valorizado na sociedade, é um desafio para o qual a maioria não está preparada. “Ao longo da sua vida, priorizaram a dedicação ao trabalho, em detrimento do seu preparo individual, família, vida conjugal, etc. Curiosamente, nos níveis hierarquicamente mais baixos, as pessoas apresentam maior desprendimento, até porque realizam outras atividades remuneradas para manter seu padrão de vida. Ou seja, quando se aposentam tem outra atividade para dar continuidade no seu vínculo.”
A sugestão de Bernhoeft é que o preparo para a aposentadoria se inicie preferencialmente na meia idade, especialmente nos dias atuais diante dos índices de aumento da longevidade. “Desenvolver um projeto de vida para o que convencionamos chamar de pós-carreira é fundamental”, diz. Isso inclui criar uma nova identidade e assumir uma nova posição – de consultor, conselheiro, atividade política ou associativa, por exemplo. “Podem ser formas de continuar se sentindo 'útil' e reconhecido na sociedade”, comenta. “Também não pode descuidar dos seus demais papéis além do profissional, como conjugal, familiar, social, educacional, individual e espiritual.”
O consultor afirma, ainda que, nessa etapa da vida o maior desafio para os executivos, especialmente os homens, é a perda da identidade. “As figuras femininas, que preservam outras atividades tanto nas relações como na vida doméstica, transitam melhor nesta etapa.”
Conheça, abaixo, os 10 melhores países para se aposentar segundo o International Living’s 2022 Retirement Index, do Fórum Econômico Mundial. Os países são escolhidos de acordo com uma combinação de fatores, como custo de vida, clima e qualidade de cuidado com a saúde.
- Panamá
- Costa Rica
- México
- Portugal
- Colômbia
- Equador
- França
- Malta
- Espanha
- Uruguai
O Panamá foi o país do ranking que mais pontuou na facilidade de residência. Também pontuou bem na qualidade de cuidados com a saúde e em benefícios e descontos que as pessoas mais velhas podem aproveitar.
Fonte: Valor (09/04/2022)
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