Em campanha com estreia no Jornal Nacional, companhia fala aos consumidores como fica a Oi sem a área móvel
Depois de vender seu principal ativo, de telefonia móvel, a Oi, em recuperação judicial, lançou ontem à noite, durante o “Jornal Nacional”, na TV Globo, uma campanha publicitária para mostrar aos consumidores como será a Nova Oi. Um filme de 45 segundos explica a transformação da companhia, antes mais conhecida no mercado consumidor por seus serviços móveis, e agora posicionada em fibra óptica.
Cenas de inovação e tecnologia, com imagens que sugerem rapidez, como deve ser a banda larga por fibra, mostraram o novo logotipo da tele - um halo verde que lembra um cabo com fibra.
Deverá ser um longo processo, de ano e meio a dois anos, para construir o posicionamento da Nova Oi, diz Rogério Takayanagi, diretor de estratégia e transformação da empresa. “A marca está muito associada a celular, as pessoas pensam que a Oi toda foi vendida, que fechou”, afirma. O foco agora é na fibra, disse o executivo.
Depois dessa estreia, o plano de comunicação se amplia para diversas mídias, inclusive impressa e exterior, além de redes sociais. O reposicionamento da empresa conta com parceiros de design e agências de comunicação (NBS, Artplan, Cravo e Hífen). Na TV serão feitas inserções de filmes de 15 a 60 segundos, disse Takayanagi.
Na quinta-feira terá início outra campanha, com foco em fibra óptica e protagonizada pelo ator e influenciador Whindersson Nunes, que trabalha nos projetos de divulgação da Oi desde 2015. Esse filme foi produzido pela agência NBS.
Nas redes sociais, é a atriz Maisa Silva que fala da transformação. O ator e apresentador Marcos Mion, que atuava nas campanhas da Oi Móvel, teve seu contrato encerrado e agora é garoto propaganda da TIM.
O negócio de fibra da Oi já superou 3 milhões de clientes, de acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), e tem a maior fatia de mercado em 14 capitais. Segundo Takayanagi, os cerca de 14 mil provedores de internet somados são maiores que a Oi, mas a tele sozinha é maior que os cem primeiros do ranking.
O controle da rede de fibra (V.tal) foi vendido para a GlobeNet Cabos Submarinos e fundos do BTG Pactual por R$ 12,9 bilhões. Mas ainda depende de a Anatel liberar o negócio. Já a área móvel foi vendida por R$ 15,92 bilhões para Telefônica, dona da Vivo, Claro e TIM, unidas em aliança.
No caso da rede de fibra, a V.tal ficará responsável por toda a infraestrutura, inclusive gerenciamento, levar a conectividade e fazer os investimentos. Mas isso, após a Anatel liberar a transação. A V.tal atenderá o mercado de atacado como rede neutra - que prevê isonomia e sigilo aos clientes.
A Nova Oi continuará atendendo o cliente final no segmento de fibra, desde o residencial até o corporativo (pequenas e médias empresas, micro negócios) e grandes empresas. A Oi é cliente-âncora da V.tal. Vende a banda larga para seus clientes e aciona a V.tal para levar a conexão em seu nome. Outra linha de atuação é voltada para serviços digitais, por meio da Oi Soluções.
Na tarde desta terça-feira, a Oi informou o novo posicionamento para os seus funcionários. Aos mais de 41 milhões de clientes da Oi Móvel, a operadora enviou mensagem de texto (SMS) por celular, comunicando a conclusão da venda da área móvel e para qual operadora cada usuário será transferido.
Ontem à noite, a Oi comunicou ao mercado o adiamento da divulgação de seu balanço trimestral, previsto para hoje, em razão da “complexidade” da segregação de ativos da Oi Móvel. A nova data é 4 de maio.
Fonte: Valor (27/04/2022)
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