sexta-feira, 1 de julho de 2022

Fundos de Pensão: Ex-gestores do fundo de pensão da Caixa (Funcef) terão de devolver R$ 55,7 milhões

 


Eles são investigados por autorizarem investimentos desprovidos de análises de risco e sem avaliação técnica durante governos do PT 

O Tribunal de Contas da União (TCU) publicou edital citando ex-diretores da Fundação dos Economiários Federais (Funcef) para apresentarem, num prazo de 15 dias, alegações de defesa quanto a supostos desmandos na administração da instituição ou devolverem 55,7 milhões de reais do prejuízo que causaram.  

A Funcef é o fundo de pensão da Caixa, o terceiro maior do país, com mais de 90 bilhões de reais em ativos e  140 mil participantes. 

Segundo o TCU, o rombo decorre, entre outras coisas,  da aprovação de investimento desprovido de análises de risco e sem avaliação técnica.  

A intimação foram enviadas  para os ex-diretores Antônio Braulio de Carvalho, Guilherme Narciso de Lacerda, Jorge Luiz de Souza Arraes, Sergio Francisco da Silva, Demosthenes Marques e Carlos Alberto Caser, além da empresa DGF Investimentos Gestão de Fundos Ltda.  

Guilherme Narciso de Lacerda e Carlos Alberto Caser eram ligados ao PT. Caser saiu da presidência da Funcef em 2016, durante o governo de Dilma Rousseff, após cinco anos de atuação à frente da instituição, deixando um débito acumulado de mais de 13 bilhões de reais.  

Em 2016, Caser teve prisão temporária decretada pela Justiça e teve de se apresentar à Polícia Federal, na Operação Greenfield, que investigou desvios na Funcef.  Os ex-dirigentes Carlos Augusto Borges, Demósthenes Marques e Maurício Marcellini Pereira foram soltos depois de prestarem esclarecimentos. Guilherme Lacerda chegou a ser preso.

O governo se mobiliza para aprovar a 'PEC da bondade’ nesta quinta-feira no Senado e encaminhar o tema para ser apreciado a jato pela Câmara. Mas as discussões em torno da medida, vista como essencial para o presidente Jair Bolsonaro recuperar a popularidade junto à população mais carente, não devem acabar tão cedo. Isso porque a legislação eleitoral brasileira impede que haja ampliação de programas sociais em ano de eleições e a PEC vai distribuir vouchers para caminhoneiros e aumentar o valor do vale gás e do Auxílio Brasil.  A exceção ocorre quando há estado de emergência. Para driblar a regra, o Planalto alega que o aumento dos combustíveis no cenário internacional cria uma condição de emergência, esse ano.

Fonte:  Veja (29/06/2022)

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