quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Fundos de Pensão: EFPCs tiveram rentabilidade média de 1,30% em outubro, diz Aditus



Sistel ainda não divulgou seus resultados de outubro. A cada mês, o atraso na publicação da Sistel é maior ainda

Levantamento realizado pela consultoria de investimentos Aditus junto a um grupo de 120 Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC), com patrimônio somado de R$ 307 bilhões, apurou que o mesmo teve uma rentabilidade média de 1,30% no mês de outubro. É o melhor resultado desde março deste ano, quando a rentabilidade média havia sido de 2%. 

No acumulado deste ano até outubro o grupo teve uma rentabilidade média de 9,05%, contra 4,93% no mesmo período de 2021. Já nos 12 meses até outubro deste ano a rentabilidade média foi de 11,58%, contra 8,15% no mesmo intervalo de 12 meses até outubro de 2021. 

O levantamento é feito mensalmente pela consultoria, mapeando os investimentos das EFPCs em 12 classes de ativos, seguindo os padrões de investimentos adotados pela maioria das fundações. Das 12 classes mapeadas, onze tiveram rentabilidade positiva no mês e apenas uma teve rentabilidade negativa, Fundos de Investimento de Participação.

No mês de outubro, os três melhores desempenhos foram das classes renda variável ativa, renda variável passiva e exterior-renda variável, com 6,62%, 5,53% e 1,96%, respectivamente. Os três piores desempenhos foram das classes fundos de participações (FIP), fundos imobiliários (FII) e ALM (títulos públicos), com retornos de -0,05%, 0,07% e 0,63%, respectivamente. 

Da carteira de investimentos de R$ 307 bilhões em outubro, 48% estavam em planos BDs, 23% em planos CDs e 29% em planos CVs, mesmos percentuais do mês anterior. Já em relação aos 369 planos, 36% eram BDs, 38% CDs e 26% CVs, também mesmos percentuais do mês anterior .

Análise 

Na análise da Aditus, “no mês de outubro, as preocupações com o cenário externo foram mantidas, em razão das incertezas quanto à atividade econômica das principais economias do mundo. A pressão inflacionária e a alta dos juros continuam preocupando e reforçando as previsões de risco de recessão nos Estados Unidos e Europa. Apesar disso, o MSCI World fechou positivo, refletindo os resultados publicados do fechamento do terceiro trimestre”. 

A renúncia da primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, também foi abordada pela Aditus. “Suas propostas previam aumento de gastos e redução de impostos, o que não foi bem recebido pelo mercado”. 

Em relação à bolsa brasileira, que fechou o mês com retorno positivo, a consultoria diz que “após os resultados do primeiro turno das eleições, observou-se um rali de mercado que durou até a penúltima semana do mês, perdendo força na semana que antecedeu o segundo turno”. 

Prosseguindo, afirma que “apesar das incertezas decorrentes da mudança de governo, a Bolsa teve resultado positivo em 31/10 e consolidou alta significativa no mês, apesar de as ações de companhias estatais terem amargado prejuízos de meados do mês para frente”. 

“Outro fator que influenciou positivamente o desempenho do IBOVESPA foi o fluxo de capital estrangeiro em outubro, positivo em mais de R$ 10 bilhões”. 

“No que tange à curva de juros, observou-se uma elevação das taxas, com um deslocamento a partir dos vencimentos intermediários, e o fechamento da parte mais curta”. 

"O IPCA foi de 0,59% em outubro, após três meses de deflação. Com o resultado, a inflação acumulada no ano é 4,70% (6,47% em 12 meses)"

Fonte: Invest. Institucional (20/11/2022) 

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