Com menos de 4 mil inscrições, governo espera mais 15 mil acessos até 30 de novembro, prazo final para migração do regime previdenciário do funcionalismo
O prazo para que os servidores públicos federais, que começaram a trabalhar no governo antes de 2013, possam migrar para um regime de previdência complementar termina na quarta-feira (dia 30 de novembro). Essa é a quarta vez que o governo federal permite essa mudança.
Com isso, o diretor de Seguridade da Fundação de Previdência Complementar do Serviço Público (Funpresp), Cícero Dias, espera que 15 mil servidores façam adesão ao fundo. Até o dia 23, 3.965 tinham feito a adesão. “Nas últimas janelas [de migração], 90% das pessoas fizeram a migração na última semana”, afirmou Dias.
Na avaliação de Dias, a migração é vantajosa tanto para o servidor público quanto para a União. No caso do funcionário, poderá ter um controle maior sobre como é feito o investimento da poupança para a aposentadoria, especialmente, no cenário atual em que a reforma da Previdência, promulgada em novembro de 2019, tornou mais restritivo em relação a valor do benefício. “Importante para o planejamento financeiro previdenciário”, frisou. Para o governo federal, ajuda a reduzir o déficit atuarial no longo prazo.
Atualmente, a Funpresp administra R$ 6,2 bilhão em patrimônio e conta com 96.400 participantes ativos e cerca de 300 inativos, incluindo Poder Executivo e Legislativo. No total, o Poder Público Federal conta com 500 mil servidores.
A Funpresp completou nove anos em fevereiro e foi criada com o objetivo de atenuar o elevado déficit do regime de previdência dos servidores públicos, dando sustentabilidade ao sistema no longo prazo. Com a medida, trabalhadores que ingressaram no serviço público a partir de 2013 passaram a ter a aposentadoria limitada ao teto do Instituto Nacional do Seguro Social - que atualmente é de R$ 7.087,22 - e, se quiserem receber um valor maior que esse limite, os servidores têm de aderir à fundação.
Fonte: Valor (28/11/2022)
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