segunda-feira, 11 de setembro de 2023

TIC: Telecom já foi o 2º melhor negócio do mundo. Quem não diversificou vai morrer

 


Este bilionário montou um império em telecom. Agora vende ativos para pagar dívida

Patrick Drahi, do império das telecomunicações Altice na Europa e nos EUA, é nova vítima da combinação de juros altos com volume elevado de dívida.

O bilionário Patrick Drahi, um dos homens mais ricos da Europa, considera vender participações nas operadoras que controla na França e em Portugal, entre várias opções para reduzir a dívida do seu império de telecomunicações Altice.

O CEO da Altice France, Arthur Dreyfuss, que dirige a maior unidade do grupo, disse em uma reunião com representantes dos trabalhadores nesta quinta-feira (7) que foram contratados consultores em “todas as geografias” para considerar a venda de participações acionárias ou dívida, segundo disseram pessoas familiarizadas com o assunto à Bloomberg News.

O executivo acrescentou que a empresa já estava refinanciando a unidade francesa de construção de fibra óptica XpFibre e que a venda de data centers na França e em Portugal seria concluída neste outono na Europa, segundo as pessoas, que pediram anonimato porque a reunião não foi pública.

Os credores do vasto império de Drahi têm examinado minuciosamente os esforços para reduzir a pesada carga de dívida das empresas, face a um aumento nos custos dos empréstimos e aos vencimentos iminentes da dívida.

A rede de negócios inclui a Altice France, a Altice International - que tem operações em Portugal, Israel e na República Dominicana -, bem como a listada Altice USA.

Dreyfuss disse que a Altice nomeava regularmente advisers para realizar revisões estratégicas nos seus mercados, segundo as pessoas.

Os comentários surgem após notícias publicadas nesta semana na imprensa francesa sobre possíveis vendas de ativos e participações.

O jornal econômico Les Echos noticiou na quarta-feira (6) que a Altice está em negociações avançadas para vender os seus 92 data centers na França para o Morgan Stanley, em um negócio que seria avaliado em cerca de 1 bilhão de euros (US$ 1,1 bilhão).

O Le Monde informou nesta quinta que a Altice deu mandato ao Lazard e ao BNP Paribas para considerarem a venda de uma participação na transportadora francesa SFR.

O Lazard também está trabalhando em opções para a Altice Portugal, enquanto o Morgan Stanley e o Goldman Sachs estão no comando da empresa de tecnologia de publicidade Teads e de uma operadora da República Dominicana, segundo o Le Monde.

Altice, Morgan Stanley, BNP e Lazard não quiseram comentar as reportagens publicadas. O Goldman Sachs não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Os bonds da Altice France e da Altice International se valorizaram na sequência das notícias, com os da Altice France com vencimento em 2029 com o maior avanço diário desde que foram emitidas em 2020. O empréstimo a prazo denominado em euros da Altice France com vencimento em 2025 também subiu nos últimos dias e foi ofertado a 95 centavos na quinta-feira, de acordo com a StoneX.

Drahi tem conversado com investidores nesta semana, depois de um verão “lutando” com as consequências de uma investigação criminal de corrupção em Portugal visando figuras-chave ligadas à Altice.

O bilionário organizou um roadshow em Londres na quarta-feira e deve responder a perguntas de investidores sobre a Altice USA em Nova York nesta quinta.

Em Londres, ele disse que as perspectivas de vender a SFR ou de concordar com a fusão com um concorrente dependem de como os reguladores da União Europeia tratam uma proposta de joint venture entre a francesa Orange e a espanhola Masmovil Ibercom.

Fonte: Bloomberg (07/09/2023)

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