sábado, 28 de janeiro de 2023

Idosos: Campanha de vacinação contra a Covid-19 em 2023 começará em 27 de fevereiro

 


A iniciativa se restringirá a grupos prioritários num primeiro momento 

A ideia é aplicar doses bivalentes da Pfizer.

O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (26/01) que a campanha de vacinação contra a Covid-19 iniciará em 27 de fevereiro. Como o JOTA mostrou, a iniciativa se restringirá a grupos prioritários ao menos neste primeiro momento. A ideia é aplicar doses bivalentes da Pfizer, mais eficazes contra novas subvariantes do coronavírus, nessas parcelas da população.

A campanha se dividirá em quatro fases. A primeira delas contemplará idosos a partir de 70 anos, imunossuprimidos (pessoas com imunidade fragilizada por HIV/Aids, quimioterapia ou transplantadas, por exemplo), indígenas, ribeirinhos e quilombolas, além de pessoas que vivem em instituições de longa permanência.

Depois, será a vez da faixa etária de 60 a 69 anos. Isso porque idosos têm imunidade reduzida devido à imunossenescência programada, ou seja, o envelhecimento do sistema imune.

A terceira etapa se dedicará a gestantes e a puérperas, que deverão receber doses de Pfizer. Por último, vêm os profissionais de saúde, integrantes do grupo de risco por estarem em maior contato com infectados.

Esses grupos são os mais suscetíveis a evoluir para quadros graves e morte por Covid-19. Ao aplicar uma nova dose de reforço nessa parcela da população, o objetivo é reduzir, principalmente, hospitalizações e óbitos pela doença.

A campanha também se concentrará em buscar os “faltosos”. São pessoas a partir de 12 anos que ainda não completaram o esquema vacinal de duas doses contra a Covid-19, além do reforço. Para a faixa etária a partir de 40 anos, os imunossuprimidos e os trabalhadores da saúde, já inclui até a quarta dose atualmente.

Nesse desenho, a campanha se assemelha à vacinação contra a gripe. As diretrizes seguem as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que indica três doses para a população geral até o momento, isto é, apenas um reforço.

A pasta, contudo, não descarta estender o novo reforço à população geral. A medida dependerá de estudos e de evidências científicas que apontem para essa necessidade.

Avançar nas coberturas vacinais, especialmente contra a Covid-19, é um dos desafios a serem enfrentados pela pasta. Esse cenário é puxado, sobretudo, pela hesitação vacinal, que acabou impulsionada pela desinformação e pelo medo de efeitos colaterais. Há meses, a taxa de cobertura pouco avança no Brasil e, se consideradas apenas as crianças, esse quadro se agrava.

Para reconquistar o selo de referência em vacinação, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) precisará reverter esse quadro. O mesmo desafio se estende a vacinas como BCG, tríplice viral e contra poliomielite, que precisam recuperar as altas taxas de coberturas vistas até 2015.

Fonte: Jota (26/01/2023)

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