Na previdência complementar fechada (fundos de pensão) o mesmo ocorre, maioria desconhece seu plano
Além disso, apenas 13% dos brasileiros das classes A, B e C aplicam em algum fundo de previdência privada, conforme um estudo encomendado pelo C6 Bank ao Ipec
Apenas 13% dos brasileiros aplicam em algum fundo de previdência privada e, entre os que investem nessa categoria, 61% não sabem se o plano que pagam é da modalidade Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) ou Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). Os dados são de um estudo que o banco digital C6 Bank encomendou ao instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), feita com 2 mil pessoas das classes A, B e C com acesso à internet.
A penetração da previdência privada é baixa até entre os brasileiros da classe mais alta, apesar desse público ser potencialmente o que mais pode se beneficiar das vantagens fiscais do investimento em planos do tipo PGBL. Só 37% da classe A possui algum plano assim, enquanto nas classes B e C esse número cai para 18% e 9%, nessa ordem.
Na análise de Liao Yu Chieh, educador financeiro do C6 Bank, o cenário mostrado pela pesquisa é preocupante. "Esses números sinalizam uma falta de planejamento financeiro de longo prazo para complementar a renda do INSS, mesmo entre as classes mais altas, e um desconhecimento sobre o destino de seu patrimônio, o que pode representar perda de oportunidades e prejuízos", afirma.
O alento pode vir dos mais jovens. Conforme o levantamento, 11% dos brasileiros entre 18 e 24 anos já têm um plano de previdência privada. “Pelo tempo que ainda têm para contribuir e pelo efeito dos juros compostos, os mais jovens são o grupo que mais pode se beneficiar da previdência privada lá na frente”, diz Chieh.
De olho no Imposto de Renda
O estudo ainda apontou que 60% dos entrevistados com previdência privada e que declaram Imposto de Renda (IR) fazem aportes com o objetivo de deduzir esses valores do IR.
A modalidade PGBL permite pagar menos Imposto de Renda no ano seguinte, mas na hora de resgatar o dinheiro, o investidor paga o tributo sobre a aplicação inicial e sobre o rendimento. Assim, é aconselhada apenas para assalariados que contribuem com o INSS e fazem a declaração completa do Imposto de Renda, ou seja, têm muitas despesas dedutíveis, como consultas médicas e dependentes.
Já o tipo VGBL não permite pagar menos Imposto de Renda no ano seguinte, mas na hora de resgatar o dinheiro, o investidor paga o tributo apenas sobre o rendimento. Assim, é indicado para quem não declara Imposto de Renda ou declara no modo simplificado.
Entre os que aportam na previdência privada de olho no benefício tributário, 40% investem em PGBL. Desse total, 9% possuem planos tanto da modalidade PGBL quanto da VGBL.
Fonte: Valor Investe (28/01/2023)
Nota da Redação: Coincidência ou não, a maioria dos participantes e assistidos da Fundação Sistel também ignoram o nome do plano a qual estão participando, contribuindo ou recebendo benefícios. A falta da educação previdenciária justifica tal fato.
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