Brasil dá passo estratégico para criar o 6G com novo centro de testes
O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD) anunciou uma parceria com os Estados Unidos para implantação do Open RAN no Brasil. A tecnologia promete ser a base para a conexão 6G, ainda com lançamento distante.
O anúncio aconteceu em uma cerimônia realizada em Campinas, São Paulo, nesta quinta-feira (05). O evento reuniu mais de 120 participantes de países como Brasil, Estados Unidos, Uruguai, Argentina, Chile e de operadoras de telefonia para discutir o futuro e a implementação da rede Open RAN.
Trabalhada pelo CPQD desde 2018, o Open RAN (Rede de Acesso de Rádio Aberta, em português) é uma estrutura de rede que usa componentes desagregados para troca de dados. A tecnologia possibilita abordagens mais flexíveis e eficientes, dispensando a dependência de fornecedores, estrutura mais escalável e maior potencial de inovação.
A parceria com o governo norte-americano garantirá ao Brasil entrega de equipamentos no equivalente a US$ 1,7 milhão (R$ 10,2 milhões, em conversão direta), e colaboração entre o CPQD e empresas americanas dedicadas à implementação de Open RAN. A doação também viabilizará a criação do primeiro OTIC (Open Test Integration Center) da América Latina.
"A Parceria entre o CPQD e o Governo dos Estados Unidos, por meio do Centro de Competência em Open RAN, representa um marco para a inovação tecnológica no Brasil", disse o gerente executivo de Soluções em Conectividade CPQD.
"Essa colaboração fortalece o ecossistema de conectividade aberto e interoperável, promovendo o desenvolvimento de soluções avançadas que impulsionam a competitividade e a soberania tecnológica do país", acrescentou.
Com o acordo, há o reconhecimento da importância do governo norte-americano no potencial tecnológico e inovador da pesquisa brasileira.
Os frutos da implementação do Open RAN ainda devem demorar a aparecer, mas há a expectativa de que a tecnologia torne o acesso à internet ainda mais acessível. Segundo dados do PNAD Contínua, cerca de 1,8 milhões de cidadãos não acessam a internet por conta dos preços altos.
Fontes: Tecmundo e Canaltech (05/12/2024)
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