A outra metade ficou com as Entidades Abertas (bancos e seguros)
O patrimônio do Regime de Previdência Complementar, compreendendo as entidades abertas e as fechadas, fechou 2022 com patrimônio de R$ 2,46 trilhões, alta de 9,3% sobre o ano anterior. Desse total, 51,6% está no segmento das abertas enquanto 48,4% está nas fechadas. As informações fazem parte do Relatório Gerencial de Previdência Complementar 2022, divulgado nesta segunda-feira (27/3) pelo Ministério da Previdência Social.
São 44 entidades abertas, das quais 31 são seguradoras e 13 EAPCs, e 272 entidades fechadas, das quais 168 são de patrocínio privado, 21 são instituidores, 33 possuem patrocinadores públicos federais, 38 federais e 12 municipais. Em relação ao patrimônio das abertas, 78% estão concentrados em produtos do tipo Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), 16% em Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e 6% em Previdência Tradicional. Do patrimônio das fechadas, 61,3% estão em fundações de patrocínio público, 37% de patrocínio privado e 1,7% em entidades instituídas.
Ao final do ano passado, as 10 maiores entidades de previdência aberta eram a Brasilprev (R$ 349,29 bilhões), Bradesco (R$ 299,40 bilhões), Itaú (R$ 233,26 bilhões), Caixa (R$ 138,37 bilhões), Zurich Santander (R$ 78,15 bilhões), Icatu (R$ 49,77 bilhões), XP (R$ 46,10 bilhões), Safra (R$ 21,09 bilhões), BTG Pactual (R$ 14,13 bilhões) e Sul América (R$ 10,71 bilhões). Juntas, elas representam 97% do patrimônio das abertas.
Já as 10 maiores entidades de previdência fechada eram a Previ/BB (R$ 268,88 bilhões), Petros (R$ 120,86 bilhões), Funcef (R$ 105,75 bilhões), Vivest (R$ 48,79 bilhões), Itaú Unibanco (R$ 31,02 bilhões), Banesprev (R$ 29,18 bilhões), Valia (R$ 29,07 bilhões), Sistel (R$ 22,07 bilhões), Forluz (R$ 19,94 bilhões) e Real Grandeza (R$ 18,39 bilhões). Juntas, elas representam 58% do patrimônio das fechadas.
Déficit diminuiu
O déficit de R$ 16,1 bilhões apresentado pelas entidades fechadas ao final do ano passado, dos quais R$ 15,21 são provenientes de planos de Benefício Definido (BDs), representa 56% do volume registrado em 2021. Porém as entidades possuem um déficit agregado de R$ 42,51 bilhões em 342 planos, que segundo o documento ainda é muito elevado. De acordo com o relatório, “o ciclo de alta de juros conduzido pelo Banco Central do Brasil acompanhado da abertura da curva de juros de longo prazo influenciou negativamente o valor dos investimentos em renda fixa de longo prazo”.
O relatório aponta que os ativos de investimentos das RPCs somava de R$ 2,37 trilhões em dezembro de 2022, com cerca de 64% aplicados em Títulos Públicos Federais (TFP), 22% em demais Renda Fixa, 9% em Renda Variável, 1,3% em Imóveis e 3,7% nos demais segmentos.
Dos investimentos das abertas, que representam 53,6% do total, 66% são aplicados em TFP, 28% em demais Renda Fixa, 5,5% em Renda Variável e 0,5% são outros investimentos. As fechadas aplicam 61% de suas reservas em TPF, 14% em Renda Variável, 15% em demais Renda Fixa, 3% em Imóveis e 7% em outros investimentos.
No que se refere ao vencimentos dos TPF, nas abertas 72% tem prazo de vencimento de até 5 anos enquanto nas fechadas 73,5% tem prazo superior a 5 anos. Em relação a indexadores, nas abertas 59,2% são indexados à Selic e 21,8% a índices de preços, enquanto nas fechadas 89% são indexados a índices de preços.
Para acessar na íntegra o Relatório Gerencial de Previdência Complementar 2022, clique aqui .
Fonte: Invest. Institucional (28/03/2023)
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