segunda-feira, 1 de abril de 2024

Idosos: Seu cérebro é programado para esquecer, mas a neurociência descobriu como "restaurar" o que importa



Não importa o quanto uma pessoa tente, ela nunca lembrará de tudo o que deseja lembrar, mas existe um motivo para isso

Existem muitos métodos comprovados pela ciência para melhorar a memória e recordação. Usar intercalação para aprender vários assuntos ou habilidades em sucessão. Técnicas como praticar exercícios antes de tentar aprender algo novo ou até mesmo dormir podem ajudar a melhorar a memória e a retenção de longo prazo. Ainda assim, não importa o quanto uma pessoa tente, ela nunca lembrará de tudo o que deseja lembrar.

Isso, no entanto, é bom, garante um artigo da Inc.. De acordo com um estudo publicado recentemente no Cell Reports, esquecer as coisas é, na verdade, uma parte ativa do aprendizado e da manutenção da memória.

“Embora o esquecimento seja comumente considerado um déficit da função da memória devido à sua associação com estados patológicos, uma perspectiva alternativa emergente considera o esquecimento como uma função adaptativa do cérebro que pode contribuir para a aprendizagem e a atualização da memória”, escreveram os pesquisadores.

Segundo descobertas recentes, o esquecimento é um processo ativo que envolve uma nova plasticidade que modula a funcionalidade de traços de memória específicos, a fim de promover o comportamento adaptativo. Isto significa que a atualização da memória envolve um pequeno esquecimento estratégico por parte do cérebro.

Além disso, pesquisas indicam que memórias “esquecidas” ainda estão lá. Em vez de serem apagados, eles simplesmente são “rebaixados” para um estado inativo, o que explica porque o reconhecimento é sempre mais fácil do que a recordação. 

Como, então, reviver memórias adormecidas? Embora o estudo envolva muitas coisas sofisticadas, como engramas, doxiciclina e o temido giro denteado do hipocampo, a chave é uma breve reexposição a tudo que foi aprendido anteriormente.

Digamos que alguém passou um tempo aprendendo a primeira seção de uma apresentação de vendas. No dia seguinte, antes de passar para a próxima seção, essa pessoa deve gastar alguns minutos revisando o que já havia aprendido. 

Segundo um estudo de 2016 publicado na Psychological Science, as pessoas que estudam antes de dormir e fazem uma revisão rápida na manhã seguinte não só passam menos tempo estudando, como também aumentam a retenção a longo prazo em 50%. 

Para guardar memórias, então, é preciso não apenas aprender, mas reaprender brevemente – e talvez periodicamente. Isto pode soar chato, mas é melhor do que deixar passar muito tempo e ter que recomeçar do zero.

Fonte: Administradores, Colaboração: Houw Ho Ling (28/03/2024)

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