terça-feira, 16 de abril de 2024

INSS: Prazo para INSS conceder benefício volta a obedecer teto pela 1ª vez desde 2020



Última vez em que tempo médio para conceder benefício esteve abaixo de 45 dias se deu em 2020

Pela primeira vez desde setembro de 2020, o tempo médio para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) conceder benefícios à população está abaixo do prazo definido pela Constituição, de 45 dias — uma promessa do governo Lula. Em março, o tempo médio ficou em 43 dias.

Em janeiro de 2023, quando a gestão atual assumiu, o tempo médio era de 66 dias. Este número variou nos primeiros meses do governo, chegou a descer a 61 dias em abril, e a subir para 68 em julho. Depois disso, caiu abruptamente, fechou o ano passado em 47 dias e se manteve estável até março de 2024, quando voltou ao prazo constitucional.

Técnicos do INSS avaliam que em meados de 2020 o dado ficou dentro do prazo constitucional por efeito da pandemia. Tanto que, meses depois, quando os brasileiros “retomaram a vida”, o número explodiu. Entre 2021 e 2022 o número esteve distante de obedecer ao limite, superando os 100 dias em determinados momentos.

Também por popularidade, a gestão federal fez da diminuição do tempo médio uma promessa de governo. Desde o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, ao ministro da Previdência, Carlos Lupi, quadros governo divulgaram de maneira reiterada ações para perseguição desta meta.

A percepção do governo é de que apesar de haver uma demanda popular forte pela redução das filas do INSS, não é possível zerá-las. Isso porque a autarquia recebe mensalmente mais de um milhão de requerimentos de benefícios, por isso o foco das ações é atendê-los em um prazo adequado.

O número de pedidos à espera de análise, a chamada fila do INSS, ficou em 1,4 milhão em março.

Apesar de a promessa de diminuição de prazo ter sido cumprida, houve um “delay” de meses. A ideia era de que o prazo constitucional fosse alcançado ainda em 2023. A meta do governo para 2024 é de que o tempo médio de concessão fique em 30 dias.

O cálculo do tempo médio leva em conta os requerimentos que estão no estoque, descontando os pedidos que estão em exigência – fase do processo que depende do segurado. São considerados na conta aposentadorias, pensões, salário-maternidade e auxílios, mas não entram acordos internacionais e análises de pós-perícia.

Atestmed e diminuição do prazo

Um dos principais responsáveis pela queda no tempo médio foi a implantação do Atestmed, sistema que permite a concessão de auxílio-doença sem necessidade de realização de perícia. A ferramenta, voltada a benefícios de curta duração, de até 180 dias, já responde por quase metade dos pedidos.

De 1,2 milhão de solicitações entre julho de 2023 e fevereiro deste ano, 45,9% foram feitos pelo Atestmed. A meta de Stefanutto, presidente do INSS, é de que este dado chegue a 100%.

A avaliação do INSS é de que também ajudaram a reduzir o prazo a simplificação de requerimentos no Meu INSS, o atendimento para entrega do atestado nas Agências da Previdência Social e mutirões de avaliações e perícias médicas de Benefício de Prestação Continuada (BPC) para pessoa com deficiência.

A nova frente da autarquia para alcançar a meta de 30 dias ainda em 2024 é um projeto-piloto com os Correios para recepção do Atestmed. O teste acontecerá em Aracaju, no Sergipe, de 15 a 19 de abril. A expectativa é levar o serviço para todas as regiões brasileiras.

Fonte: CNN Brasil (14/04/2024)

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