A Starlink, rede de internet via satélite de Elon Musk, ainda não tem uma operação lucrativa, ao contrário do que o empresário diz
É o que publica a Bloomberg, citando pessoas que estão familiarizadas com os dados financeiros da SpaceX. A startup mais valiosa do mundo, avaliada em US$ 180 bilhões (R$ 913 bilhões), usa seus satélites para fornecer o serviço de internet.
Entenda: a Starlink é considerada como o braço da SpaceX que tornará possível os outros projetos da empresa –entre eles, o de missões espaciais e o de colonizar Marte.
Muito do seu sucesso está ligado à oferta de internet de alta velocidade em regiões remotas, que têm pouco acesso a fibra óptica ou cabo. No Brasil, a empresa quase triplicou em um ano e meio.
- O serviço é abastecido por uma rede de mais de 5 mil satélites que formam uma espécie de constelação a uma altitude de 500 a 1.500 km da Terra.
↳ O problema, segundo a Bloomberg, é que a Starlink muitas vezes exclui o alto custo de enviar seus satélites ao espaço para tornar seus números, que não são públicos, mais atraentes para os investidores.
Um dos obstáculos para a geração de lucro está no tipo de cliente.
- A Starlink tentou expandir sua atuação no mercado corporativo a partir das companhias aéreas, que hoje são clientes da Viasat.
- Mas quando foi fazer um teste em um voo da Delta Airlines, o serviço não funcionou enquanto o avião estava a mais de 30.000 pés sobre Chicago, segundo a Bloomberg.
- A SpaceX até chegou a desligar a internet para alguns clientes pagantes na cidade e fez a internet chegar à cabine do avião, mas isso não foi suficiente para conseguir um contrato com a Delta.
Em números:
- 2,6 milhões de clientes a Starlink tem no mundo;
- US$ 15 bilhões (R$ 76 bilhões) é a projeção de receita da SpaceX para este ano, mais que o triplo de 2023 (US$ 4,7 bilhões), segundo a Bloomberg.
Fonte: Folha de SP (11/04/2024) |
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