A GeoCapital, gestora especializada em fundos de investimento no mercado de global equities, recebeu nesta segunda-feira (16/05) a primeira tranche, no valor de R$ 60 milhões, de um total de R$ 130 milhões comprometido por um fundo de pensão para um mandato de fundo exclusivo de investimentos no exterior. As tranches seguintes serão definidas de acordo com o desempenho do fundo.
“Começamos efetivamente a ampliar nossa presença junto ao segmento, fruto de um trabalho feito ao longo dos últimos dois anos e meio por meio de estratégia específica da área comercial”, informa Gustavo Aranha, sócio e diretor de distribuição da gestora. O executivo não declinou o nome da fundação.
Com R$1,2 bilhão em ativos sob gestão, a casa vem investindo há dois anos e meio na conquista de mandatos de Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPCs). Até agora, tinha apenas R$ 12 milhões em alocações desse segmento, razão pela qual o aporte de ontem foi comemorado. Segundo Aranha, a casa vê espaço para continuar a crescer no segmento ao longo do ano.
Apesar do cenário incerto e do impacto da alta dos juros sobre a economia global, a gestora aposta na queda dos preços dos ativos globais para abrir oportunidade de bons retornos em fundos de equity. “Entre as fundações, assim como ocorre com outros públicos, há investidores prócíclicos, influenciados pelos resultados de curto prazo, mas também aqueles contra-cíclicos, que entendem a abertura de oportunidades neste momento em que as notícias globais são piores”, observa. Essa avaliação leva em conta o fato de que a derrubada de preços tem atingido ativos de boa qualidade, que poderão dar retorno dentro de três a cinco anos.
Entre outubro e novembro do ano passado, quando aumentou a volatilidade dos mercados lá fora, os fundos da casa estavam alocados em empresas como Berkshire Hathaway, Coca-Cola, John Deere e Constellation Brands, entre outros. Nesses seis meses, com o lucro proporcionado por essas ações, a gestora trocou posições e tem agora ativos que voltam a mostrar potencial de alta, como Visa, Alphabet, Disney e Microsoft, comprados a preços baratos.
Fonte: Invest. Institucional (17/05/2022)
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